Procuradoria contesta candidatura de vice de Garcia, Cunha, Kataguiri e mais 80 registros

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A campanha eleitoral começou para valer nos veículos de comunicação e nas ruas, mas alguns candidatos ainda enfrentam problemas com a Justiça Eleitoral. A Procuradoria-Geral Eleitoral pediu a impugnação da candidatura do deputado federal Geninho Zuliani (União Brasil), candidato a vice na chapa de Rodrigo Garcia (PSDB) na disputa pelo governo de São Paulo. O procurador-auxiliar Luís Carlos dos Santos Gonçalves afirma que o parlamentar está inelegível por irregularidades quando era prefeito da cidade de Olímpia, no interior do Estado. De acordo com o parecer, em 2011, as contas de uma parceria de quase R$ 450 mil com o Instituto de Gestão de Projetos Noroeste Paulista foram rejeitadas e por esse motivo Geninho estaria inelegível por oito anos. Como a decisão do Tribunal de Contas do Estado só foi registrada em 2017, ele ainda não poderia ser candidato. Por meio de nota, o deputado afirmou que todas as contas foram julgadas regulares pelo Tribunal de Contas do Estado, que a aplicação de multa pelo julgamento irregular de uma parceria firmada durante sua gestão como prefeito não gera inelegibilidade e completou que vai seguir com tranquilidade a campanha.

Além de Geninho, outras 83 candidaturas tiveram os registros impugnados. Entre elas, a do candidato a deputado federal Eduardo Cunha (MDB), devido ao processo que levou à cassação de mandato do emedebista em 2016. De acordo com o Ministério Público, Cunha estaria inelegível até 2026. A equipe do ex-deputado anexou uma decisão do desembargador Carlos Augusto Pires Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que suspendeu parte da cassação e o habilitaria para a disputa. A procuradora-regional eleitoral Paula Bajer declarou que o entendimento do TRF-1 certamente será revertido. O candidato ao Senado Federal na chapa de Garcia, o ex-secretário municipal de Saúde Edson Aparecido, e o candidato a deputado federal Kim Kataguiri também tiveram as candidaturas impugnadas. No caso de Aparecido, houve um problema com o documento de descompatibilização do cargo como secretário municipal e Kataguiri com a certidão de quitação eleitoral.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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