Professores da rede particular decidiram, durante assembleia na manhã desta segunda-feira (13/6), no Pátio da ALMG, dar continuidade à greve. Os docentes estão paralisados desde o dia 6 de junho, e reivindicam recomposição salarial, conforme a inflação acumulada e um ganho real de 5%, manutenção dos direitos previstos na convenção Coletiva de Trabalho (CCT), regulamentação do trabalho virtual, entre outros pontos de valorização profissional.
Segundo Thaís D�??Afonseca, presidente Interina do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro/MG), a greve permanecerá até a quarta-feira (15/6), quando ocorrerá uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), entre a categoria e o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sindepe).
�??Movimento está crescendo�??
�??O movimento está crescendo. Hoje tivemos um número representativo e apoio de várias faculdades, com a presença de alunos, pais e mães, que se manifestaram e levaram cartazes. Estamos com um abaixo-assinado, feito por uma mãe, que, na última vez que eu vi, estava com mais de 3 mil assinaturas em prol do movimento�?�, contou Thaís.
Segundo o balanço feito pelo Sinpro, cerca de 35% da categoria, em Minas, está paralisada e, além disso, alguns professores relataram pressões por parte das instituições de ensino. �??Estamos vendo que alguns docentes estão sofrendo pressões e, por isso, será feita uma reunião para investigar o caso no dia 22 de junho, no Ministério Público do Trabalho (MPT)�?�, afirmou a presidenta interina do Sinpro/MG.
Além de Belo Horizonte, outras instituições privadas de quatrocentas cidades de Minas Gerais, onde o Sinep, abrange, também previram a greve. Segundo o Sinepe, por sua vez, nenhuma escola parou nesses últimos dias.
�??Quem paralisa é professor, e não as escolas. Afinal, é um movimento dos docentes. Se as escolas estão abertas com monitores ou da maneira como elas quiserem, é outra coisa. Estamos com instituições completamente paradas, por todos os professores aderirem à greve, e outras que estão funcionando parcialmente, pois somente uma parte paralisou�?�, afirmou Thaís.
Novas negociações estão planejadas para essa quarta-feira (15/6)
De acordo com a nota emitida pelo Sinepe, a reunião marcada pelo TRT tem o objetivo de dar prosseguimento as negociações. �??Temos a expectativa de chegar a um bom acordo frente ao contexto que nos encontramos. O nosso momento se mostra delicado por causa dos enormes desafios de natureza econômica e pedagógica para a instituição particular minera�?�, disse a nota.
Além disso, o Sinepe afirmou que as duas comissões de negociação possuem responsabilidade ímpar para desenvolver a promoção do acordo, que garantirá milhares de empregos, bem como sustentabilidade e a viabilidade das instituições particulares de ensino.
Alguns colégios da rede particular emitiram comunicados informando que os professores não vão aderir ao movimento por reajustarem os salários dos professores anteriormente. O Sindicato das instituições de ensino de Minas, em nota anterior, informou que já foram marcadas reuniões entre os negociadores, e, por isso, era uma greve sem motivo. �??Vemos que o profissional hoje sabe da realidade e por isso não adere. Durante a negociação, não se faz greve�?�, afirmou.
Para Thaís, a decisão sobre a continuidade da greve será tomada, novamente, após a reunião de acordo no TRT, quando ocorrerá outra Assembleia. �??A audiência será transmitida via YouTube, para toda a categoria. A medida foi solicitada pela ação coletiva do sindicato à Justiça do Trabalho�?�, disse.
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