Santuário de Caeté relata vandalismo após fim de cobrança de pedágio

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Dois dias depois da retirada do controle de acesso ao Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, a Arquidiocese de Belo Horizonte registrou atos de vandalismo nos banheiros da igreja e manobras radicais feitas por motociclistas, que arriscam a vida de peregrinos. Por determinação do Ministério Público da cidade, a tarifa de R$ 10 cobrada pelo acesso ao alto da serra deixou de ser cobrada, o que gerou aumento de fluxo de pessoas no local neste domingo (5/6).

Assim, o portão que restringia o acesso a moradores e visitantes ao Santuário deverá ficar aberto. Em março, a população da cidade fez manifestação para pedir a retirada da cobrança do pedágio, que teve início em meados de 2000. A argumentação era de que o espaço era um ponto turístico público para peregrinação e apreciação da natureza.

Por sua vez, o Santuário relatou que a taxa é imprescindível para a manutenção do espaço, além de ser útil para garantir a alimentação dos peregrinos mais vulneráveis. Além disso, a direção do Santuário alega que nenhum fiel foi proibido de entrar no espaço religioso por não ter condições de pagar a taxa. 
 

Notificação

A Arquidiocese de BH foi notificada pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER) para que fosse retirado qualquer obstáculo para a livre circulação de veículos e pedestres na rodovia AMG-1235, que liga a MG-435 ao alto da serra. No comunicado, o órgão diz que a cobrança de ingresso de visitação ao Santuário não cabe interferência, sendo de inteira responsabilidade do próprio Santuário.

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�??O DER-MG ainda está avaliando tecnicamente a possibilidade de restrição de circulação de veículos no segmento, por razões de segurança viária, a partir do ponto onde se encontra a Estação da Piedade até o final da rodovia�?�, diz o DER, em nota.

Sem o controle de acesso, o Santuário relatou à Polícia Rodoviária Estadual que carros de passeio e ônibus dividiram espaço com peregrinos, aumentando riscos de acidente e gerando impactos ambientais. Segundo a Arquidiocese, a situação conturbada gerou raiva em muitas pessoas que hostilizaram os colaboradores do espaço.
Além disso, houve registro de que ciclistas desceram a Serra em alta velocidade, com riscos de colisão em outras pessoas, veículos ou rochas. Pessoas montadas em cavalos também se multiplicaram no alto da serra.

 

Solo 

A Arquidiocese também alertou que o aumento do número de carros na rocha pode levar a um risco maior de as rochas se desprenderem do solo, o que ficou comprovado em pesquisas feitas recentemente.

�??Em razão do deslocamento de rochas no alto da Serra, reduziu drasticamente o fluxo de carros particulares no território. As micro trepidações provocadas pelos automóveis geram deslocamentos de rochas. Agora, com a determinação do poder público, a Igreja já não pode mais adotar medidas de gestão do fluxo de pessoas em seu território na Serra da Piedade. Peregrinos, bens ambientais, paisagísticos, históricos e culturais estão em risco�?�, afirma a entidade.

O Estado de Minas entrou em contato com o Ministério Público de Caeté e com a prefeitura da cidade e aguarda o posicionamento de ambos.

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