Parte do Novo quer chapa pura com Zema e Mateus Simões em Minas

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Aliados do governador Romeu Zema (Novo) evitam cravar quem será o vice-candidato na chapa que tentará a reeleição em Minas Gerais. O deputado federal Marcelo Aro (PP), principal interlocutor do Palácio Tiradentes em Brasília (DF), é um dos nomes em pauta. Apesar disso, setores do partido Novo defendem a indicação de Mateus Simões, ex-secretário-geral da gestão estadual e, agora, peça importante na pré-campanha de Zema.

Interlocutores ligados ao Novo e a Zema apontaram ao Estado de Minas que o martelo ainda não está batido. O presidente estadual da sigla, Ronnye Antunes, disse que a oficialização dos nomes da coalizão do governador só ocorrerá na convenção partidária. O desejo do Novo estará em pauta, mas legendas aliadas também terão peso na decisão.

“O nome do Mateus sempre foi a preferência entre a maioria das lideranças do Novo e deve estar entre os nomes levados à convenção em 23 de julho. Entretanto ainda, estão em negociações os nomes indicados por partidos da base do governador para também serem levados (à convenção)”, disse Antunes.

Pela primeira vez desde que foi fundado, o Novo poderá fazer coligações eleitorais. O estatuto da agremiação foi mudado a fim de permitir as uniões e, assim, aumentar a base de apoio a Zema.

“A construção de alianças pelo Novo é a vontade do partido e uma demanda do governo, sendo ponto importante para a decisão. Até a convenção, toda construção ainda é possível”, frisou Ronnye.

Segundo Mateus Simões, não há “nada definido” sobre a composição da chapa de Zema. O ex-secretário, no entanto, confirmou que pode ser o vice “se a decisão for por um nome do Novo”.

Por outro lado, um dos fatores a favor de Marcelo Aro é o leque de partidos que podem se juntar a Zema a reboque do deputado. Em abril, PP, Agir e Avante, que devem apoiar a reeleição do governador, publicaram carta defendendo a pré-candidatura de Aro a vice. Outras agremiações, como o Avante e o PSC, também podem fazer coro à campanha de Zema.

Zema quer ter ‘grupo maior’

O desejo de Zema de fazer coligações é público desde o ano passado. Na última semana, ao participar do “EM Entrevista”, podcast do EM e do Portal Uai, o governador deixou clara a preferência por um palanque amplo.

“Aprendemos que precisamos ter alianças e um grupo maior. Fui eleito por um grupo que estava mais distante da política e, pela primeira vez, ocupou o governo. Você começa a ter mais dificuldades para governar quando seu grupo é pequeno. Sou favorável às alianças”, explicou. 

A busca por “grupo maior” está relacionada à necessidade de, em eventual segundo mandato, formar base coesa de deputados estaduais na Assembleia Legislativa. Ao longo de quatro anos, Zema encontrou dificuldades para aprovar temas como a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), ainda estagnado.

 

 

União Brasil vai de Zema a Kalil

Em meio aos debates sobre o vice, um dos nomes à mesa de Zema era o do deputado federal Bilac Pinto, do União Brasil, ex-secretário de Estado de Governo. Ontem, no entanto, a direção nacional do partido, fruto da fusão entre DEM e PSL, acertou aliança com Alexandre Kalil (PSD).

O União é dono da maior fatia do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV. Na quinta-feira (9), o presidente da agremiação em Minas, deputado federal Marcelo Freitas, garantiu “não ter dúvidas” de que a legenda caminharia com Zema. A decisão de apoiar Kalil veio de Luciano Bivar, presidente nacional do União. A cúpula mineira, no entanto, não crava os rumos.

“Temos dialogado com vários atores. Dentre esses, o governador Romeu Zema, com quem já tivemos, inclusive, o convite para composição na chapa majoritária”, assegurou Freitas. “Nossa decisão final será tomada no momento certo, antes das convenções, tendo como premissas essenciais a integridade partidária e o desempenho político e eleitoral do partido em nosso estado”, completou.

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