Morre Jean-Louis Trintignant, um dos maiores atores da França, aos 91 anos

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S�?O PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu nesta sexta-feira, Jean-Louis Trintignant, um dos maiores atores da história da França, tendo atuado em importantes filmes da nouvelle vague durante os anos 1960. Ele tinha 91 anos e enfrentava há anos um câncer, de acordo com a agência de notícias AFP.

Nascido em 1930, Trintignant participou dos primeiros anos do movimento de vanguarda que tinha à frente nomes como François Truffaut e Jean-Luc Godard. Naquela época, marcada pela efervescência do cinema francês, ele tinha como pares grandes estrelas do momento, como Alain Delon e Jean-Paul Belmondo, morto ano passado.

Contracenando com Brigitte Bardot, ele atuou em “E Deus Criou a Mulher”, de Roger Vadim. Mas foi em 1966 que ele estrelou um de seus grandes sucessos internacionais, o longa “Um Homem, Uma Mulher”, dirigido por Claude Lelouch, importante obra da nouvelle vague que ganhou uma palma de ouro no Festival de Cannes.

Outras produções nas quais Trintignant esteve envolvido foram os dramas “As Corças”, de Claude Chabrol, e “Z”, longa do diretor grego Costa-Gavras que ganhou o Oscar de melhor filme internacional em 1970. Trintignant também atuou no último filme de François Truffaut, “De Repente, num Domingo”, lançado em 1983.

Um dos filmes mais famosos de Jean-Louis Trintignant foi o longa “Amor”, dirigido Michael Haneke e lançado em 2012, no qual ele interpreta um homem idoso vivendo sozinho com a mulher, que sofre um derrame e fica com um lado do corpo paralisado. Ainda sob a direção de Haneke, o ator estrelou “Happy End”, de 2017, que lhe rendeu um prêmio César de melhor ator.

Vindo da cidade camponesa de Piolenc, no sudeste da França, Trintignant foi um jovem amante de poesia que encontrou no teatro uma forma de lidar com a timidez. “Faz-se cinema um pouco por vaidade, para deixar de ser tímido”, ele firmou uma vez à AFP.

O ator estreou nos palcos de Paris em 1951 com a peça “Maria Stuart”, escrita pelo dramaturgo Friedrich Schiller. Sua incursão ao cinema se deu com “Se Todos os Caras do Mundo”, de Christian-Jaque, em 1955. Mesmo depois de se tornar um ator famoso, porém, Trintignant frequentemente fazia leituras públicas de poemas em teatros parisienses �??sua “terapia” e seu “verdadeiro comércio”, ele dizia.

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