O ministro do Meio Ambiente da República Dominicana, Orlando Jorge Mera, foi assassinado nesta segunda-feira, 6, por um amigo de infância, que disparou contra ele várias vezes em seu gabinete. O assassino confesso, Miguel Cruz, fugiu após o tiroteio e se refugiou em uma igreja, onde horas depois se entregou à Polícia Nacional, na presença de membros do Ministério Público. Ao chegar ao templo, Cruz entregou a arma a um padre a quem explicou ter cometido um crime, embora sem identificar a vítima, segundo informou a Procuradoria-Geral da República em comunicado. Jorge Mera, de 55 anos e filho do ex-presidente Salvador Jorge Blanco, era amigo pessoal e correligionário do atual presidente dominicano, Luis Abinader, que expressou suas �??mais profundas condolências�?� à família do ministro. A polícia ainda não deu informações oficiais sobre o homicídio, nem explicou qual seria o motivo do crime.
Um político que estava no saguão do gabinete de Jorge Mera, esperando ser recebido pelo ministro, relatou que um homem entrou sozinho na sala e então foram ouvidos sete tiros. �??Os tiros foram ouvidos no gabinete do ministro e todos começaram a fugir. Foi uma situação caótica no Ministério do Meio Ambiente�?�, disse Juan de Dios Liberata, vereador do município de Sabaneta. De acordo com Liberata, �??mais tarde, depois de todas as pessoas terem saído para a zona verde do ministério, ouviram-se mais alguns tiros dentro do ministério�?�. Jorge Mera foi a única vítima do tiroteio e também não há registro da tomada de reféns, embora a polícia tenha enviado ao local uma equipe de agentes antissequestro, além de membros da unidade de elite da SWAT. Ao se apresentar no gabinete do ministro, Cruz estava �??nervoso�?�, segundo contou Genaro Herrera, que se identificou como amigo mútuo do ministro e do suposto assassino.
�??De verdade, Miguel me surpreendeu com isso. Eu sei que ele fez uma cirurgia cardíaca de peito aberto e isso o deixou deprimido, mas nunca pensamos que isso iria acontecer. Ele chegou nervoso e tudo mais�?�, afirmou Herrera. Após o assassinato, Cruz fugiu do ministério e se refugiou na paróquia de Jesus Cristo Supremo e Eterno Sacerdote, localizada no setor Renacimiento, a cerca de 2,4 quilômetros do local do assassinato. A diretora-geral de Perseguição do Ministério Público, procuradora-adjunta Yeni Berenice Reynoso, compareceu ao local liderando uma equipe de procuradores e ali entrou em contato com Cruz por telefone, que lhe disse que se entregaria se o Ministério Público garantisse sua vida, segundo informou a procuradoria em comunicado. Horas depois, deixou a igreja algemado, escoltado por policiais, em meio a um grande aparato de segurança instalado ao redor do templo, enquanto várias pessoas gritavam �??Assassino!�?�
*Com informações da EFE
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