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Material achado pode ajudar em investigações sobre jornalista e indigenista

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As autoridades responsáveis pelas buscas de Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips já têm uma linha de investigação que pode levar ao desfecho do caso. Foi o que disse, ontem (8/6), o secretário de Segurança Pública do Amazonas, general Carlos Alberto Mansur, ao participar da entrevista na qual todos os órgãos envolvidos na operação fizeram um balanço dos recursos que vêm empregando para a solução do sumiço do indigenista brasileiro e do jornalista inglês.
Ele afirmou que as equipes encontraram um material considerado “relevante”, que permitiu traçar uma linha investigativa. Mansur também salientou que um perito foi mandado à região onde Bruno e Dom desapareceram a fim de se juntar à equipe e avaliar o que foi descoberto – cujo teor não foi especificado.
Ainda durante a coletiva, realizada em Manaus, os representantes dos órgãos envolvidos nas buscas afirmaram que não descartam a possibilidade de homicídio. Sobretudo porque, conforme disse o superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Eduardo Fontes, Bruno havia sofrido ameaças, já denunciadas por organizações indígenas. As autoridades enfatizaram que não existem, ainda, indícios de crime e que esperam encontrar Bruno e Dom vivos.
A coletiva ocorreu no mesmo dia em que a juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível da Justiça Federal do Amazonas, determinou que o governo federal reforçasse a busca do indigenista e do jornalista. A magistrada apontou omissão, pela União, do dever de fiscalizar as terras indígenas e proteger os povos indígenas isolados e de recente contato.
“Caso as rés (a União e a Funai) tivessem se desincumbido de cumprir obrigação de fazer relativamente à proteção e fiscalização da terras indígenas em constante alvo de invasão por garimpeiros e madeireiros ilegais, é provável que os cidadãos tivessem sido localizados, ainda que não vivos”, salientou.

Suspeito

Já na região onde Bruno e Dom desapareceram, a Polícia Militar de Tabatinga prendeu um homem de nome Amarildo, com histórico de ameaças ao indigenista e à equipe da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Na residência dele, foram encontradas drogas e armas, o que justificou o flagrante.
Segundo as autoridades, não há, a princípio, ligação entre Amarildo e o desaparecimento, mas foram apreendidos elementos que podem ajudar nas investigações. Eliésio Marubo, procurador jurídico da Univaja, explicou que aguarda a audiência de custódia para entender se as provas oferecidas no processo vão embasar a prisão preventiva.
Marubo afirma que as ameaças feitas por Amarildo foram levadas à Justiça Federal e ao Ministério Público Federal no Amazonas. A Univaja enviou, ainda, o histórico de intimidações contra os representantes da associação.
A região onde Dom e Bruno desapareceram é disputada por facções de narcotraficantes, pois é rota de fuga e de escoamento de armas e drogas. As principais quadrilhas que controlam no local são o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, e a Família do Norte, formada na periferia de Manaus.
Também estariam envolvidas as organizações criminosas Os Crias, integrada por membros dos grupos maiores, e os Caqueteños, colombianos que atuam na fronteira com o Brasil.
*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi

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