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Frequentadores da Feira Hippie, na Avenida Afonso Pena, estão indo às compras usando mais as máscaras de proteção. Essa é a percepção de expositores que todos os domingos recebem centenas de clientes em uma das principais atrações de compras e lazer de Belo Horizonte. Vale lembrar que o Equipamento de Proteção Individual (EPI) não é obrigatório em espaços abertos, mas o crescimento de casos de COVID-19 tem feito moradores a repensarem o comportamento.
Feirante há 43 anos no local, Márcio Luiz Miranda Glaus, 62, diz que a máscara continua sendo um instrumento de prevenção. “Tanto que não entro em local fechado sem máscara. Como aqui é aberto, ao ar livre, mas com grande frequência de pessoas acho que o certo é o uso de máscara. O frio já gera elevação na incidência de doenças respiratórias. A população tem que usar máscara mesmo durante o inverno”, diz.
Entre os clientes, Márcio Luiz fiz faltar consenso. “Observo pessoas divididas entre usar ou não a máscara. Minha esposa está com máscara, e eu sem, mas mantenho aqui no bolso. Tiro só de vez em quando porque sinto um pouco de dificuldade em respirar”, conta o comerciante.
Ambientes fechados
A explosão de casos de COVID-19 pode estar levando belo-horizontinos a se cuidarem mais. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pela prefeitura na última sexta-feira, em 23 de junho a capital registrava 200,9 resultados positivos da doença a cada 100 mil habitantes.
Na tentativa de frear as contaminações, a máscara voltou a ser obrigatória em ambientes fechados da cidade. O decreto assinado pela secretária municipal de Saúde, Cláudia Navarro, é válido inicialmente até 31 de julho, considerando o período estimado para diminuição da incidência de casos respiratórios na capital.
A retomada da obrigatoriedade do uso de máscaras levou em consideração o aumento da positividade de testes, sendo que na semana entre 1º e 7 de maio foram realizados 6.531 exames, com taxa de positividade de 6%. Já entre o período de 29 de maio e 4 de junho de 2022, foram 20.964 testes, com 19% de positividade. Os exames foram realizados na rede própria do município.
“Nossos protocolos são revistos diariamente e são alterados de acordo com os dados epidemiológicos, assistenciais e baseados em evidências científicas. Nesse momento, entendemos que devemos voltar com a obrigatoriedade do uso de máscara em locais fechados”, disse, na época, a secretária Cláudia Navarro.
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