Lula sobre Bruno e Dom: ‘País não pode passar essa imagem para o exterior’

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repercutiu o assassinato do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Durante o evento político em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, nesta quarta-feira (15/6), ele ressaltou que, diferentemente do que está sendo passado para o exterior, o país é civilizado.
�??Estou triste porque acabamos de saber que possivelmente a Polícia Federal já tenha encontrado o corpo do indigenista e do jornalista inglês que foram possivelmente assassinados na Amazônia�?�, disse Lula.

�??�? muito triste porque esse país é muito grande, muito civilizado e não pode passar a imagem para o exterior que nós somos incivilizados, que nós matamos quem defende a Amazônia, os indígenas, que eles matam porque as pessoas defendem a luta contra a garimpagem na terra indígena�?�, acrescentou.

 
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Logo depois, ele convidou duas indígenas para o palco e prometeu, caso seja eleito, demarcar as terras. �??Se nós ganharmos essas eleições, quero assumir um compromisso de que não haverá, em hipótese alguma, garimpagem em terra indígena�?�, ressaltou.
�??�? importante a gente nunca esquecer que não são os índios que estão ocupando a nossa terra, os portugueses que ocuparam a terra deles em 1500. Portanto, a demarcação da terra indígena é um compromisso moral, ético daqueles que são humanistas e defendem os povos originários. Posso dizer que é um compromisso: terei o imenso prazer de demarcar todas as terras�?�, complementou.

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Lula continuou: �??Além de demarcar, criar as condições para que vocês tenham acesso às coisas que é necessário para sobreviverem na reserva de vocês�?�. Por fim, o petista pediu um minuto de silêncio em homenagem ao indigenista e ao jornalista.
 

Dom e Bruno

No domingo, dia 5 de junho, Bruno e Dom desapareceram a poucos quilômetros do Vale do Javari, segunda maior reserva indígena do Brasil. Eles viajavam de barco pelos mais de 70 quilômetros que ligam o Lago do Jaburu ao município de Atalaia do Norte.

Na última vez em que foram vistos, o indigenista e o jornalista pararam na comunidade de São Rafael, às 6h, onde tinham uma reunião marcada com o líder pescador Manoel Vitor Sabino da Costa, conhecido como Churrasco.
Dali, eles seguiram seu caminho pelo rio. A dupla deveria ter chegado a Atalaia do Norte duas horas depois, mas desapareceu. Quem soou o alerta foram os indígenas da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).
A Univaja disse que às 14h enviou uma equipe “formada por indígenas extremamente conhecedores da região”. Eles teriam percorrido inclusive os “furos” do rio Itaquaí, mas nenhuma pista foi encontrada.
�?s 16h, “outra equipe de busca saiu de Tabatinga, em uma embarcação maior, retornando ao mesmo local, mas novamente nenhum vestígio foi localizado”.
Há relatos de que Bruno Pereira era alvo de pescadores ilegais, garimpeiros e madeireiros. Além disso, a Univaja também relatou ameaças a seus integrantes – tendo registrado boletim de ocorrência na polícia poucas semanas antes do desaparecimento do indigenista.

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