“Acho que o governo do Bolsonaro foi um fracasso absoluto. Não teve empatia, não teve coração”, disse ao jornalista Marcelo Matte.
Kalil se aliou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a disputa eleitoral. Na semana passada, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, eles fizeram o primeiro ato público juntos. Durante o “Café com Matte”, o ex-prefeito projetou o retorno do petista ao Palácio do Planalto.
“Lula vai mandar no país e, se eleito, como pré-candidato, vou mandar no meu Estado”, assinalou.
Ex-diretor da TV Globo em Minas Gerais, Matte chegou a chefiar a secretaria de Estado de Cultura no início do governo de Romeu Zema (Novo). A conversa entre eles foi gravada ontem (21/6), e Kalil já havia divulgado trechos da entrevista em seus stories no Instagram.
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“Acredito que ele (Bolsonaro) não vai colocar a faixa no presidente Lula, mas lá tem porta no fundo – e ele vai sair pela porta do fundo”, afirmou, refutando a hipótese de manobra golpista do presidente.
“Se (Bolsonaro) perder a eleição, vai enfiar a viola no saco. Pode ser voto na urna eletrônica, no papel, na válvula ou no sinal de fumaça. Ele vai perder a eleição e vai sair, tá?”, emendou.
‘Sinal de fumaça’
Os movimentos da pré-campanha de Kalil têm tentado associar Bolsonaro a Zema. No mês passado, em entrevista à sucursal da TV Alterosa na Zona da Mata e no Campo das Vertentes, o ex-prefeito chegou a dizer que governador e presidente da república “se tratam como marido e mulher”.
Em abril do ano passado, em meio à crise imposta pela pandemia, Kalil chegou a afirmar que não havia instâncias de diálogo com o governo federal. “Eu sou prefeito de Belo Horizonte. Se o governador de São Paulo não consegue, se o governador do Rio de Janeiro não consegue… Bolsonaro não me recebe, só se for por sinal de fumaça”, disse.
Dois meses depois, à revista “piauí”, Kalil tachou Bolsonaro de “grande decepção”.
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