Kalil sobre Bolsonaro na pandemia: ‘fracasso absoluto’

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Pré-candidato ao governo mineiro, Alexandre Kalil (PSD) classificou como “fracasso absoluto” a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) frente a COVID-19. A declaração foi dada ao programa “Café com Matte”, cuja íntegra vai ao ar nesta quinta-feira (23/6), no YouTube.
Durante o período à frente da Prefeitura de Belo Horizonte, Kalil já havia tecido duras críticas à postura de Bolsonaro ante, sobretudo, a pandemia.

“Acho que o governo do Bolsonaro foi um fracasso absoluto. Não teve empatia, não teve coração”, disse ao jornalista Marcelo Matte.

Kalil se aliou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a disputa eleitoral. Na semana passada, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, eles fizeram o primeiro ato público juntos. Durante o “Café com Matte”, o ex-prefeito projetou o retorno do petista ao Palácio do Planalto.

“Lula vai mandar no país e, se eleito, como pré-candidato, vou mandar no meu Estado”, assinalou.

Ex-diretor da TV Globo em Minas Gerais, Matte chegou a chefiar a secretaria de Estado de Cultura no início do governo de Romeu Zema (Novo). A conversa entre eles foi gravada ontem (21/6), e Kalil já havia divulgado trechos da entrevista em seus stories no Instagram.

  • Leia mais: Kalil sobre Bolsonaro: ‘Não vai entregar a faixa a Lula e sairá pelo fundo’

“Acredito que ele (Bolsonaro) não vai colocar a faixa no presidente Lula, mas lá tem porta no fundo – e ele vai sair pela porta do fundo”, afirmou, refutando a hipótese de manobra golpista do presidente.

“Se (Bolsonaro) perder a eleição, vai enfiar a viola no saco. Pode ser voto na urna eletrônica, no papel, na válvula ou no sinal de fumaça. Ele vai perder a eleição e vai sair, tá?”, emendou.

‘Sinal de fumaça’

Os movimentos da pré-campanha de Kalil têm tentado associar Bolsonaro a Zema. No mês passado, em entrevista à sucursal da TV Alterosa na Zona da Mata e no Campo das Vertentes, o ex-prefeito chegou a dizer que governador e presidente da república “se tratam como marido e mulher”.

Em abril do ano passado, em meio à crise imposta pela pandemia, Kalil chegou a afirmar que não havia instâncias de diálogo com o governo federal. “Eu sou prefeito de Belo Horizonte. Se o governador de São Paulo não consegue, se o governador do Rio de Janeiro não consegue… Bolsonaro não me recebe, só se for por sinal de fumaça”, disse.

Dois meses depois, à revista “piauí”, Kalil tachou Bolsonaro de “grande decepção”.

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