A juíza Joana Ribeiro Zimmer, que impediu que uma criança de 11 anos vítima de abuso sexual realizasse um aborto em Santa Catarina, deixou o caso. O órgão especial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina apresentou o convite para uma promoção �??por merecimento�?� à magistrada na última quarta-feira, 15, e a mesma aceitou o convite. Com isso, agora Zimmer irá atuar no município de Brusque �?? cidade localizada à 106 quilômetros de Florianópolis �?? no cargo de juiz de Direito da Vara Comercial. Com isso, o juiz José Adilson Bittencourt Junior assume o processo. Na última segunda-feira, 20, o portal The Intercept Brasil revelou o caso de uma garota de 11 anos que foi estuprada e teve um pedido de interrupção de gravidez negado pelo Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago �?? ligado à Universidade Federal de Santa Catarina. A instituição alegou não realizar o procedimento pois a criança estava com uma gestação de 22 semanas. A juíza Joana Ribeiro Zimmer se posicionou de maneira favorável à continuidade da gravidez na criança e a encaminhou a um abrigo para que ela não efetue �??algum procedimento para operar a morte do bebê�?�. Durante audiência, Zimmer questionou se a menina não �??suportaria ficar mais um pouquinho�?� com a gestação para que o feto tivesse maiores chances de sobrevivência.
Posicionamento da juíza
Em nota, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina alegou que Joana Ribeiro Zimmer não irá se manifestar sobre as falas e questionamentos realizados na audiência do caso, �??que foram vazados de forma criminosa�?�. �??Não só por se tratar de um caso que tramita em segredo de Justiça, mas, sobretudo, para garantir a devida proteção integral à criança�?�, alega o documento. O órgão ressalta ainda que �??seria de extrema importância que esse caso continue a ser tratado pela instância adequada, ou seja, pela Justiça, com toda a responsabilidade e ética que a situação requer e com a devida proteção a todos os seus direitos e garantias constitucionais�?�.
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