Hortaliças orgânicas cultivadas em hidroponia agradam paladar das crianças 

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Com cultivo orgânico e sustentável, usando menos terra, água e energia, além de zero agrotóxico, as fazendas urbanas são uma realidade no mundo moderno. Instaladas em pequenos espaços, terraços de prédio e até mesmo em formato vertical, em alguns casos, elas estão no meio de grandes metrópoles, por isso reduzem o tempo em que vegetais, legumes e hortaliças levam entre a colheita e a chegada à mesa do consumidor. 

Há vários exemplos bem sucedidos espalhadas pelo mundo: Sky Greens (Cingapura), Tower Garden (Los Angeles), Urban Farmers (Suíça),  ECF Farmsystems (Berlim). No Brasil, iniciativas como Fazu e Fazenda Cubo estão em São Paulo, além da mineira Be Green, que tem unidades na capital paulista, Belo Horizonte, São Bernardo do Campo, Osasco, Campinas, Rio de Janeiro, Goiânia e, recentemente chegou a Salvador, totalizando colheita geral 10 toneladas de folhas ao mês. 

A unidade baiana funciona no Shopping da Bahia desde outubro de 2021 e atrai não somente o público adulto, mas já conquistou a criançada. Os pequenos podem visitar a fazenda em grupos escolares e ficam encantados ao serem apresentados ao processo de cultivo das hortaliças através de um sistema chamado hidroponia, que não utiliza terra. “A gente economiza no processo de plantio 90% da água, em relação ao plantio convencional na terra. Nosso sistema  de irrigação é fechado: a água entra por um lado da bancada, cai por gravidade e volta para o sistema; filtra de novo, recebe a nutrição de cada planta e volta para o processo”, explica Bob Oliveira, gerente da BeGreen Shopping da Bahia. 

As plantas são semeadas em uma espuma fenolica, que parece aquela espuma de ornamentação de flor, mas é própria para hidroponia, onde é possível controlar o coeficiente de solubilidade de cada planta. Cada semente é tratada em uma espuma correspondente ao seu coeficiente de permeabilidade, pois tem planta que suga a nutrição com mais força,  outras com menos, e isso também é observado. 

A Be Green funciona dentro de uma estufa completamente fechada e tem um processo de automação a uma temperatura e um nível de umidade ideais. No local existem  painéis evaporativos que permitem a entrada de ar através de um filtro, como um radiador gigante, que realiza o controle da água. Também há exaustores para equilibrar a temperatura da estufa, vaporizadores e sombrete (uma espécie de tecido) que abre e fecha para diminuir a incidência de raio UV. �??O sol é excelente para as plantas, sem ele as plantas não crescem. Esse sombrete funciona como um difusor para elas não tomarem o raio direto�?�, explica o gerente da fazenda. 

Apesar de utilizar sementes holandesas, a Be Green é uma empresa brasileira. Foi fundada há cinco anos por Giuliano Bittencourt, em Belo Horizonte. Hoje o atendimento é feito a consumidores ou empresas, por meio de assinatura, que dá direito ao recebimentos de boxes semanais ou quinzenais, com os produtos fresquinhos direto da horta para a mesa. 

Experiência sustentável – Em parceria com a Be Green,  o jornal Correio* convidou um grupo de crianças com seus acompanhantes para conhecer a fazenda, na tarde do último dia 15 de junho. A ação integrou o projeto Mundo Sustentável e teve como objetivo oferecer aos pequenos uma experiência educativa sustentável, com jogos, atividades lúdicas e direito a lanchinho especial com produtos colhidos na hora, reforçando a importância de uma alimentação saudável, desde cedo. 

Fernanda Vidal, analista de projetos do Estúdio Correio à frente do projeto Mundo Sustentável, foi quem criou a ação com as crianças na Be Green e destaca sua motivação ao implementar a iniciativa:  �??Meu filho é minha semente. Tudo o que eu semear nele hoje, vai formar o adulto do amanhã, que se preocupa com o meio ambiente e entende a importância de cuidar dos recursos existentes no planeta, para que eles nunca se esgotem�?�, pontua. 

Durante a visita as crianças demonstraram curiosidade por cada etapa do cultivo e puderam provar hortaliças colhidas por elas. Um dos mais animados do grupo foi Joaquim Rodrigues, 9 anos. �??Joaquim é autista e tem seletividade no paladar, estou introduzindo agora para ele hábitos de uma alimentação mais saudável�?�, comenta a mãe, Janda Rodrigues. 

Quem também ficou encheu os olhos com tudo o que viu foi João Pedro Reis Braga, 11 anos. �??O que eu mais gostei foi entrar na estufa e ver todos aqueles alimentos orgânicos. Foi muito legal. E ainda poder provar e levar para casa! Eu peguei alface crocante e também manjericão. Foi uma experiência que não achava que ia ter. A gente aprendeu sobre um sistema que usa gotículas de água e achei interessantes os exaustores, que purificam o ar para não deixar impurezas danificarem as hortaliças. Valeu muito a pena�?�. 

Já a pequena Marina de 6 anos, que aprecia uma boa salada de alface estava muito curiosa por conhecer a estufa da Be Green e ver de perto o plantio, pois ela se interessa muito por esta parte. �??Na minha escola eu já plantei a minha primeira plantinha, que foi um pé de tomate e deu fruto�?�. 

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