Chapa Lula-Alckmin lança plataforma colaborativa para construção de plano de governo

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A chapa presidencial Lula-Alckmin lança na manhã desta terça-feira, 21, em São Paulo, um documento com diretrizes temáticas do plano de governo e uma plataforma para colaboração popular, na qual sugestões de propostas adequadas às diretrizes poderão ser enviadas pela população brasileira. O evento contou com a participação dos presidentes dos sete partidos que compõem a frente �??Vamos Juntos pelo Brasil�?� (PT, PSB, PCdoB, PV, PSOL, Rede e Solidariedade), responsáveis pela elaboração do documento de diretrizes, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) e do ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante, responsável pela coordenação do programa de governo da chapa.
O documento �??Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil�?� constam 121 pontos divididos em quatro tópicos, por 34 páginas. São eles: Vamos juntos pelo Brasil, compromissos para a reconstrução do país; Desenvolvimento social e garantia de direitos; Desenvolvimento econômico e sustentabilidade socioambiental e climática; e Defesa da democracia e reconstrução do Estado e da soberania. �??O sentido dessa união não é apenas de trabalhar pela vitória eleitoral, mas, sobretudo, por um projeto que reconstrua o país no presente e o transforme para o futuro. Nosso horizonte é a criação de um projeto justo, solidário, sustentável, soberano e criativo para um Brasil que seja de todos os brasileiros e brasileiras�?�, pontua o texto.
�??Nós demonstramos aqui uma grande unidade programática. Sete partidos constroem esse documento, que é o documento de diretrizes para construção do programa de governo, passando por todos os assuntos, com uma grande colaboração não só das militâncias partidárias, mas também da academia, de pessoas próximas, dos movimentos sociais, do movimento sindical (�?�) Esse documento tem uma síntese do que pensa todos que estão nesta caminhada�?�, afirmou sobre as diretrizes Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
E completou sobre a plataforma colaborativa: �??As pessoas vão poder colocar para nós, para esse movimento que nós estamos fazendo, as suas sugestões, o que pensam para o Brasil, o caminho que nós devemos seguir, quais são as propostas que cada um e cada uma vê melhor para o seu país. Eu acredito que isso vai gerar um processo de grande mobilização e interação. �? assim que a gente constrói um país, ou melhor, reconstrói, porque o Brasil precisa ser reconstruído. Nesse documento estão as nossas diretrizes. Obviamente que a vida do povo é a centralidade. Combater a fome e a miséria é a primeira coisa que nós temos que fazer, garantir comida na mesa do povo brasileiro, garantir que o custo de vida não desestruture as famílias e que a gente tenha um país desenvolvido. Aqui tem a saída para o Brasil, não tenho dúvidas�?�.
Já Mercadante apostou que a forma de criar o plano de governo com diretrizes e sugestões populares é uma maneira de já começar um eventual governo mais digitalizado e verdadeiramente democrático. �??Nós temos um instrumento novo, e não é só para a campanha, mas para o governo, porque uma das diretrizes que nós definimos é a transição ecológica e a transição digital. Isso pode permitir um governo mais digital, um governo que ouve mais a sociedade, que dialoga, que escuta, que recebe. Essa disposição de construir com participação popular é um diferencial desse programa de governo. As diretrizes são apenas um ponto de partida. O ponto de chegada é a a gente se preparar para uma grande festa que nós vamos fazer em Brasília no dia que o presidente subir de novo, com Geraldo Alckimin, e vestir aquela faixa e reconstruir esse país�?�, afirmou.
O coordenador do programa de governo disse ainda, no final do evento, que a plataforma colaborativa recebeu ataques de bolsonaristas. �??A nossa plataforma já sofreu várias tentativas de ataque do bolsonarismo. Eles estão apavorados porque não criaram nenhum espaço para participar. Então, eles entraram com propostas, dizendo que nós estamos defendendo o fim do Ministério da Saúde. Não! Quem acabou com a saúde pública foram vocês, quem se omitiu, negacionistas. Não subiu na plataforma e não vai subir, porque nós vamos moderar. As provocações vão vir, e nós vamos responder na urna, com votos�?�, pontuou Mercadante.
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