Bolsonaro sobre desaparecidos na Amazônia: ‘Aventura não recomendável’

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, nesta terça-feira (7/6), sobre o desaparecimento do indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian. De acordo com Bolsonaro, entre as hipóteses, “pode ser que tenham sofrido um acidente” ou que “tenham sido executados”. E criticou o que chamou de “aventura não recomendável” já que os dois estavam sozinhos de barco. Ele disse também que as Forças Armadas trabalham com afinco para encontrá-los.
“Eles partiram de manhã em uma viagem entre São Rafael e Atalaia do Norte, de manhã, mais ou menos 3h. �? tarde, fomos comunicados, no caso a Marinha, que eles não tinham chegado ao destino. No próprio domingo à tarde, começaram as buscas. O que sabemos até o momento: que no meio do caminho eles teriam se encontrado com duas pessoas que já estão detidas pela PF. Estão sendo investigados. E realmente, duas pessoas apenas em um barco, numa região daquela, completamente selvagem é uma aventura que não é recomendável que se faça. Tudo pode acontecer, pode ser um acidente, pode ser que eles tenham sido executados, tudo pode acontecer. A gente espera e pede a Deus que sejam encontrados brevemente. As Forças Armadas estão trabalhando com muito afinco”, disse o presidente, em entrevista ao SBT News.
Bruno e Dom desapareceram no domingo (5/6) no Vale do Javari, na Amazônia, quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte, distante 1.135km de Manaus. Bruno Pereira era constantemente ameaçado pelo trabalho que fazia junto aos indígenas contra invasores na região, pescadores, garimpeiros e madeireiros.
A Política Federal (PF) apreendeu, no início da noite desta segunda-feira (6/6), dois pescadores suspeitos de estarem envolvidos no desaparecimento.
Bruno tinha um encontro com uma pessoa conhecida como Churrasco, na comunidade São Rafael, no Vale do Javari, no último domingo (6/6), compromisso que foi acompanhado por Dom na volta da viagem dos dois ao Lago do Jaburu, para visitar a equipe de Vigilância Indígena.
No entanto, Churrasco não apareceu e os dois seguiram viagem até a cidade de Atalaia, um trajeto que duraria duas horas, mas nunca foi completado pelos homens. Eles não foram mais vistos após a tentativa de encontro com o pescador e não fizeram mais contato.

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