O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (30/6) que, se reeleito, pretende ampliar as licenças para armas de fogo. Segundo ele, a expectativa é que o número de registros ativos para para caçadores, atiradores e colecionadores, os chamados CACs, chegue a 1 milhão já no ano que vem.
De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de pessoas com licença para armas de fogo disparou no governo Bolsonaro e registrou um aumento de 474% em quatro anos. Em 2018, havia 117,4 mil registros ativos para CACs. Até junho deste ano, o número chegou a 674 mil �?? maior valor da série histórica, que começou em 2005.
�??Boa notícia, que faltou a imprensa noticiar, estamos chegando a 700 mil CACs no Brasil. Eu pretendo, havendo uma reeleição aí, o ano que vem chegar a 1 milhão de CACs no Brasil�?�, afirmou o presidente durante sua transmissão ao vivo nas redes sociais.
Bolsonaro é defensor do armamento da população e prega que �??um povo armado jamais será escravizado�?�. Na live desta quinta, ele disse que caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito presidente, as armas serão �??recolhidas�?�
�??Não se esquecem que o outro cara, de nove dedos, falou que vai acabar com a questão de armamento no Brasil. Vai recolher as armas, clube de tiro vai virar biblioteca, como se ele fosse exemplo�?�, disse.
Mais armas particulares do que públicas Atualmente existem mais armas de fogo em estoques particulares do que em patrimônios institucionais de órgãos públicos �?? como as polícias civis, federal, rodoviária federal e guardas municipais, além de instituições como tribunais de Justiça e Ministério Público.
Das 1.490.323 armas de fogo com registro ativo em 2021, apenas 384.685 estavam ligadas a órgãos públicos, segundo o Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal.
Do total de licenças para CACs, 1,542 milhão estão com registros expirados, o que indica que há uma arma irregular a cada três armas registradas no país.
Especialistas criticam regulamentação Pesquisadores apontam para desmantelamento da regulamentação de armas na gestão Bolsonaro, por meio de atos normativos de constitucionalidade duvidosa e por um discurso político inicialmente pautado pela falsa noção de que armas geram segurança.
�??O resultado de três anos de incentivo à compra de armas é um país muito mais armado e com grupos de pressão pró-armas organizados e com portas abertas para transitar com absoluta fluidez em altas instâncias do governo federal e do Congresso Nacional. A quantidade de armas de fogo nas mãos de civis e CACs ultrapassou, em muito, a quantidade de armas dos órgãos públicos�?�, afirmam os membros do FBSP Isabel Figueiredo, Ivan Marques e David Marques.
�??Manchetes sobre acidentes e violência de gênero envolvendo armas passaram a fazer parte do cotidiano dos veículos de comunicação, com uma intensidade nunca vista no país. Ainda pior, a facilidade na obtenção de armas de alto poder destrutivo, como fuzis, agora fabricados no Brasil, acelera a obtenção regular de armas e munições que acabam imediatamente desviadas ao crime�?�, acrescentam.
A quantidade de munição comercializada no mercado nacional em 2021 ultrapassou os 393,4 milhões de cartuchos �?? o que corresponde a um aumento de 131,1% em relação a 2017.
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