Belo-horizontinos reclamam de novo reajuste dos preços do diesel e gasolina

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O  novo reajuste dos preços do diesel e da gasolina nas refinarias causou muitas reclamações entre consumidores em Belo Horizonte. O caminhoneiro Márcio Eduardo, de 46 anos, já estava ciente do aumento. �??Isso não está certo. Nós recebemos em real, e essa paridade com o dólar prejudica não só os caminhoneiros como também o consumidor comum. Afinal, os preços do supermercado também estão altos, o que afeta todo mundo�?�, disse.

�??Nosso petróleo é grosso, então vendemos para o exterior e o compramos fino para refinar aqui no Brasil. Então, vendemos por um certo valor e o compramos novamente, por um preço mais alto. Quem mais sai prejudicado é o consumidor final, pois esses valores são repassados para outros setores�?�, complementou.

Leia: Petrobras anuncia novo aumento no preço da gasolina e do diesel

– E ainda: Por que Bolsonaro nos engana, como de costume, ao atacar Petrobras
Proprietário de um caminhão, Eduardo explica que, se não fosse agregado a outras empresas, o valor dificultaria a continuidade de seu trabalho. �??Se o conjunto todo fosse meu, infelizmente teria que repassar esse valor. Há cinco meses eu conseguia fazer meu trajeto de ida por R$ 900, e hoje são necessários R$ 1.200, ou seja, R$ 300 a mais. Colocando esse valor também na volta, o acréscimo é de R$ 600, isso é muito complicado, pois o valor do frete não aumentou. Afeta a vida de toda a minha família�?�, ressaltou.

– Leia: Líder dos caminhoneiros afirma que ‘a greve é a (medida) mais provável’

Segundo ele, se a situação perdurar, não terá como manter o trabalho. �??Chegará um momento em que teremos que parar. E, às vezes, isso não significa que vamos deixar o caminhão na estrada ou congestioná-la, mas, sim, deixar o veículo em casa. As transportadoras não darão conta, pois, se precisar, vamos para as portas delas e não deixaremos ninguém sair. Eu não quero parar, nem meus amigos. Nós queremos trabalhar e �??fazer o nosso�?? com honestidade, não só por parte dos caminhoneiros, mas da política também. Queremos trabalhar com dignidade�?�, enfatiza.
Já o autônomo Gustavo Carvalho, de 42, trocou recentemente o carro, que agora é movido à diesel. �??São abusivos os valores, quem mais sofre é a população. Moro fora de BH e preciso estar na cidade todos os dias, então é mais complicado para mim essa questão do deslocamento. A tendência não é melhorar, mas sempre piorar�?�, protestou.

O gerente do Posto Mutuca, em Nova Lima, na Grande BH, Alexandre Bossi Grassi Ferreira, 27, destacou que o reajuste ainda não foi feito no local. �??Geralmente, quando a Petrobras anuncia o reajuste, o valor é cobrado no dia seguinte. Então, o pedido feito hoje já virá com o novo valor anunciado. A partir disso, depende do posto quando esse custo será repassado�?�, explicou.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Paulo Nogueira

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