‘Ativismo judicial’, diz defesa de Ribeiro sobre gravação

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A defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro se pronunciou sobre as gravações em que o ex-chefe do MEC afirma que foi informado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito da operação da Polícia Federal �?? que resultou em sua prisão. O advogado Daniel Leon Bialski alegou que o áudio foi captado enquanto Ribeiro tinha foro privilegiado e que o juiz responsável pelo caso atuou com �??ativismo judicial�?�.
�??Se assim o era, não haveria competência do juiz de primeiro grau para analisar o pedido feito pela autoridade policial, e, consequentemente, decretar a prisão preventiva�?�, disse a defesa, em nota à imprensa.
Bialski afirmou, ainda, que o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília �?? que determinou a prisão de Ribeiro �?? age com viés ideológico.
�??Todavia, se realmente esse fato se comprovar, atos e decisões tomadas são nulos por absoluta incompetência e somente reforça a avaliação de que estamos diante de ativismo judicial e, quiçá, abuso de autoridade, o que precisará também ser objeto de acurada análise�?�, argumentou.
Na manhã desta sexta-feira (24/6), o Ministério Público Federal (MPF) divulgou uma manifestação apontando que o presidente Bolsonaro interferiu no caso de Milton Ribeiro �?? preso pela PF em uma investigação que apura um suposto esquema para liberação de verbas do MEC.
O documento também solicita que o caso seja encaminhado para apreciação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Aviso sobre operação

Gravações autorizadas pela Justiça mostram uma conversa entre o ex-chefe do MEC e sua filha, realizada em 9 de junho, em que ele relata um telefonema de Bolsonaro. No áudio, Ribeiro cita que o presidente achava que fariam uma busca e apreensão contra seu ex-ministro.
�??A única coisa meio… hoje o presidente me ligou… ele tá com um pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim, sabe? �? que eu tenho mandado versículos pra ele, né?�?�, disse o aliado do presidente, segundo gravação obtida pelo G1.
“Ele quer que você pare de mandar mensagens?”, pergunta a filha do ex-ministro.
�??Não! Não é isso… ele acha que vão fazer uma busca e apreensão… em casa… sabe… é… é muito triste. Bom! Isso pode acontecer, né? Se houver indícios, né�?�, destacou.

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