Top Gun: Maverick é ainda mais eletrizante que primeiro filme

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Há 36 anos, o mundo parava para ver Tom Cruise em Top Gun e para ouvir Take My Breath Away, que, em tradução livre, seria algo como “tire o meu fôlego”. E o público perdia mesmo o fôlego quando aquele galã de 24 anos aparecia na tela e despontava para ser o maior astro do cinema por um bom tempo.

Agora, é hora de perder o fôlego novamente porque chega aos cinemas Top Gun: Maverick, que dá continuidade à história do protagonista, o capitão Pete ‘Maverick’ Mitchell. Cruise, a despeito da passagem do tempo – ele tinha 56 anos em 2018, quando este segundo filme foi gravado -, continua esbanjando o mesmo carisma de sempre, com seu indefectível sorriso.

Se as marcas no rosto, naturalmente, denunciam a passagem de quase quatro décadas, a forma física do ator impressiona, numa cena que remete ao primeiro filme, onde os pilotos jogavam vôlei de praia. Agora, eles jogam futebol americano. 

Prepare-se para as cenas de voos e batalhas aéreas, que superam as do primeiro filme. Muito disso se deve, claro, ao avanço de tecnologia nesses mais de 30 anos, que permite ao diretor Joseph Kosinski experimentar manobras que Tony Scott (1944-2012), realizador do primeiro filme, não podia.

Na nova história, a Top Gun, uma equipe especial da aviação naval americana, está de volta e tem a missão de destruir uma usina nuclear inimiga. O que dificulta a tarefa é que a área é dificílima de ser alcançada. Ou melhor: chegar até o local não é o mais difícil, mas sair de lá vivo é que é complicado. A região é montanhosa e os pilotos precisam atacar a usina e distanciar-se do local em poucos segundos, desviando-se das montanhas. Caso contrário, serão atacados por mísseis inimigos e, claro, pela megaexplosão da usina.

�? aí que Maverick é novamente convocado, mas, desta vez, não como piloto. Agora, a missão dele é treinar os jovens pilotos. Rebelde como sempre, ele reclama da tarefa e só quer saber de uma coisa, que é mesmo o que ele faz melhor: pilotar aviões a uma velocidade inimaginável. Charmoso e insubordinado, além de piloto muito habilidoso, fica impossível não compará-lo a Han Solo, personagem de Star Wars, vivido por outro astro enorme dos anos 80, Harrison Ford. 

A batalha final deste segundo Top Gun, clímax do longa, lembra muito o ataque à Estrela da Morte do primeiro Star Wars, em dois elementos: na velocidade estonteante e no objetivo dos pilotos, que é destruir uma base inimiga. 

Há ainda outros pontos de conexão com a saga criada por George Lucas, como o papel que Maverick acaba exercendo sobre um jovem piloto. O personagem de Cruise torna-se mentor de Rooster, exatamente como Ben Kenobi era em relação a Luke Skywalker. E tem mais: recomenda ao rapaz que, em alguns momentos do voo, ‘não pense’, mas siga seus instintos. Exatamente como Ben determina que Luke faça no filme de 1977.

Rooster funciona como uma das conexões com o primeiro Top Gun: ele é filho de Goose, que morreu durante um voo conduzido por Maverick. Por isso, a relação entre os dois tem algo de mal resolvido e o personagem de Cruise carrega uma culpa eterna pela morte do amigo, ainda que tenha sido inocentado pelo tribunal da Marinha.

Sobram referências ao clássico de 1986, o que vai despertar uma boa dose de nostalgia a quem for aos cinemas. Os primeiros dois ou três minutos desta sequência são praticamente iguais ao início do longa de Tony Scott. Nessa hora, até a música Danger Zone, de Kenny Loggins, é ressuscitada. Mas a musa de Maverick agora é outra: sai Kelly Mcgillis e entra Jennifer Connelly, tão sensual e bonita como a primeira.

O momento mais tocante do filme é o reencontro entre Maverick e Iceman, que era interpretado por Val Kilmer. Os dois, que começavam o longa de 1986 como rivais, acabaram se tornando amigos. Kilmer, que faz uma participação especial, teve um câncer na garganta e, por isso, perdeu a voz. Então, foi necessário recriá-la digitalmente, com base em antigos registros vocais dele.

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Jennifer Connelly é a nova musa de Maverick

Para desfrutar integralmente deste novo Top Gun, recomenda-se que, antes, veja ou reveja o primeiro filme, disponível em serviços de streaming como Globoplay e Star+. Mas, se não conseguir, não tem problema: a nova aventura resgata algumas cenas do longa anterior e isso explica as conexões com o filme de 1986. 

Mas vale dizer que a nova produção está longe de ser uma mera viagem nostálgica: o filme é ótimo, divertido do começo ao fim e, embora abuse um pouco da duração (quase 2h20), é eletrizante. E, sim, é um dos raros casos em que a sequência supera o original. 

Segundo especialistas americanos, Top Gun: Maverick deve ser a maior bilheteria de estreia da carreira de Tom Cruise, com uma previsão de arrecadar cerca de US$ 180 milhões no final de semana.

E, claro, é filme para ver no cinema, com o som e a imagem que merece. Tem mais: se seu orçamento permitir, assista na sala IMAX, que proporciona uma experiência ainda mais impressionante.

Em exibição no UCI dos shoppings da Bahia, Barra e Paralela; Cinemark Salvador Shopping; Cinépolis Bela Vista e Salvador Norte; Metha Glauber Rocha

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