Plantas medicinais usadas por comunidades tradicionais no tratamento de distúrbios menstruais e infecções ginecológicas podem contribuir como recursos alternativos complementares em prol da saúde da mulher.
Esse é o caso da casca do barbatimão e da folha da planta verônica, presentes na cultura tradicional de moradores da Amazônia e alvos de pesquisa da estudante do curso de ciências ambientais da Universidade Federal do Amapá, Andréa Clementina, que confirmou a eficácia dessas plantas para alguns problemas ginecológicos.
Dona Rosa Maria dos Santos, de 69 anos, conhece bem esse saber tradicional sobre plantas medicinais. Moradora do interior do Pará, ela destaca alguns preparos com plantas utilizados para a saúde íntima da mulher que aprendeu com a avó quando morava na zona rural do estado.
Coordenadora do projeto 'Manjericão – Plantas e Saberes', a professora da Universidade Federal do Amapá Alzira Oliveira orienta o trabalho de Andrea Clementina e de um grupo de estudo que busca valorizar o conhecimento tradicional sobre plantas medicinais. Ao apresentar esse universo para crianças, com palestras nas escolas, o projeto busca a manutenção desses saberes.
Para a pesquisadora Alzira Oliveira, além de comprovar a eficácia e a ação farmacológica de plantas medicinais como métodos complementares para a saúde da mulher, o projeto aponta para a necessidade de políticas que garantam o acesso à saúde pública de qualidade às moradoras da região Norte do país. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, o câncer do colo do útero é o mais incidente na região.
*Com produção de Michelle Moreira
Saúde Brasília 27/05/2022 – 09:36 Roberto Piza/Edgard Matsuki Daniella Longuinho* – Repórter da Rádio Nacional Plantas Medicinais sexta-feira, 27 Maio, 2022 – 09:36 2:52
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