Marcos do Val defende fim dos supersalários, mas diz que parlamentares �??têm receio�?? do Judiciário

Publicado em

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) defende o fim dos supersalários e privilégios no âmbito de todos os Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. Autor do Projeto de Lei 107/2021, o parlamentar afirma que embora seja um tema polêmico, especialmente para um ano eleitoral, é preciso avançar no debate. �??São privilégios. Estamos em um momento do país muito delicado para debater sobre qualquer possibilidade de reajuste, isso inclui nós do Congresso Nacional. Não é uma coisa só para magistrados ou setores do governo, é para todos, inclusive para nós parlamentares�?�, defendeu o parlamentar, durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.  Na visão do senador, o melhor caminho seria primar pela meritocracia no serviço público. Ele considera que o sistema de valorização profissional considerando o desempenho individual de cada funcionário seria um �??divisor de águas dentro do governo�?�.

�??Comecei a fazer isso dentro do meu gabinete e sou totalmente favorável a esse ponto. Tem alguns funcionários efetivos que por conta da estabilidade sentam e não tem preocupação de perder o cargo, não são todos. Também tem aqueles de cargos comissionados que se matam de trabalhar por receio de serem exonerados a qualquer momento. No meu gabinete, fiz acordo durante a pandemia de todo mundo reduzir o salário para que pudesse não dispensar quatro [funcionários]. Achei que em plena pandemia desempregar quatro seria pior ainda e pós-pandemia debatemos exatamente essa questão de meritocracia, é o que estamos fazendo�?�, comentou.

Mesmo defendendo a importância do �??pacto social�?� pelo fim dos supersalários e privilégios, Marcos do Val reconhece que há resistências para o andamento do projeto, por uma �??pressão velada�?� e medo dos parlamentares. �??Tem muitos senadores, deputados, que recuam temerosos porque podem ter processos, não são culpados mas por questões políticas, eles têm receio de validar, de apoiar, porque os juízes, seja da primeira, segunda ou terceira instância, acabam fazendo uma pressão velada. Realmente, é uma caixa de pandora e todo mundo tem muito receio de se prejudicar�?�, finalizou.

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Lira pede que Felipe Neto seja investigado por injúria após ser chamado de ‘excrementíssimo’

presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acionou a Polícia Legislativa após o influenciador e youtuber Felipe Neto chamá-lo de "excrementíssimo" durante uma sessão da Casa realizada nesta terça-feira, 23. No ofício, enviado no mesmo dia, o alagoano determinou que Neto seja investigado por injúria. O influenciador nega que tenha tido a intenção de

PGR não vê prova de propinas da Odebrecht a Renan Calheiros e Romero Jucá e arquiva inquérito

O procurador-geral da República Paulo Gonet pediu o arquivamento do inquérito que investiga se o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) receberam propina da Odebrecht (atual Novonor) para apoiar a medida provisória 627, de 2013, que garantiu vantagens fiscais para empresas com atuação no exterior. Em parecer enviado ao Supremo Tribunal

Lula diz que Brasil precisa ter indústria de defesa forte, não para fazer guerra, mas a paz

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) defendeu nesta sexta-feira (26) que o Brasil tenha uma indústria de defesa forte, não para se preparar para uma guerra, mas para evitar a guerra e construir um ambiente de paz. A declaração aconteceu durante visita do presidente ao Departamento de Ciência e Tecnologia