Gabriel Medina volta ao surfe na Indonésia após pausa para cuidar da saúde mental

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Após ficar fora das cinco primeiras etapas da temporada do Circuito Mundial de surfe para cuidar da saúde mental e de problemas pessoais, Gabriel Medina entra na água na Indonésia na noite desta sexta-feira (manhã de sábado no horário local) ao lado de outros sete brasileiros, sendo seis no masculino, e Tatiana Weston-Webb, única representante no feminina.

A etapa de G-Land, que volta ao circuito depois de 25 anos, terá um formato diferente do habitual por causa do corte ocorrido no meio de temporada, que reduziu o número de atletas para 24. A primeira rodada terá oito baterias com três surfistas. O campeão de cada uma delas avança às oitavas de final. Os demais vão passar pela repescagem para continuar na competição.

Fora da primeira metade da temporada, Medina recebeu um convite especial da Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês) para participar da reta final da disputa. Apesar do período de inatividade, o brasileiro ainda tem chance de conseguir garantir uma vaga no WSL Finals, que reunirá em Trestles, em setembro, os cinco surfistas mais bem colocados no ranking mundial. Filipe Toledo é o líder.

O atual campeão mundial vai estrear na oitava bateria, contra o australiano Callum Robson e o havaiano Seth Moniz. Medina quer provar que está recuperado dos problemas pessoais, como o afastamento dos familiares e o fim do casamento com Jasmin Brunet, que afetaram sua saúde mental, além da temporada desgastante em 2021, com os Jogos Olímpicos – Medina reclamou muito da arbitragem em Tóquio, onde ficou sem medalha.

“Estou melhor. Fico feliz de estar me reencontrando. Aprendi bastante durante esse tempo que me afastei das competições, e eu sinto que estou 100% agora”, afirmou o surfista, recentemente. “Reconhecer e admitir para mim mesmo que não estou bem vem sendo um processo muito difícil, e optar por tirar um tempo para me cuidar foi talvez a decisão mais difícil que já tomei em toda a minha vida.”

DIFICULDADES

Ao fim da temporada passada, Gabriel Medina disse estar esgotado e revelou ter passado por uma “montanha russa de emoções dentro e fora da águas”. Na Olimpíada de Tóquio, era grande esperança de medalha, mas ficou fora do pódio. Na semifinal contra o japonês Kanoa Igarashi, contestou as notas recebidas que o impediram de ir à final.

Medina ainda quase se prejudicou na briga pelo título do Mundial de Surfe. O brasileiro não pôde disputar a etapa realizada em Teahupoo, na Polinésia Francesa, porque não havia se vacinado contra a covid-19 e precisava cumprir quarentena de dez dias. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) chegou a disponibilizar doses do imunizante para todos os atletas que iriam para os Jogos Olímpicos. Apesar de não ter participado da etapa, ele esteve presente nas seguintes edições e conquistou o tricampeonato batendo Filipe Toledo.

No âmbito pessoal, ele enfrentou questões familiares. Rompeu com o padrasto Charles Saldanha, seu técnico desde o início da carreira, e teve grandes desavenças com a mãe Simone. Isso tudo culminou na parada de seu projeto social em Maresias. Em janeiro deste ano, Medina ainda se separou de Yasmin Brunet.

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