Os familiares da bancária Rita Maria Brito Fragoso e Silva, 62 anos, não faziam ideia de que ela poderia ter sido assassinada. Logo que acharam o corpo dela em estado avançado de decomposição no apartamento onde morava, no Itaigara, os parentes acionaram a polícia e informaram que ela tinha tido uma morte natural. A verdade só veio à tona quando os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) foram fazer a remoção do corpo.
“Quando alguém mora só, sempre algum parente tem a chave, né? A irmã dela tinha a chave. Então, o sobrinho foi lá e abriu o apartamento. A porta do quarto dela estava trancada. Então, ele arrombou e a encontrou ela morta. Estava com travesseiro na cabeça e ninguém mexeu. Acreditávamos que tivesse sido uma morte natural, mas aí veio o pessoal do Instituto Médico Legal, tirou o travesseiro do rosto dela e viu que ela estava com fio do carregador de celular enrolado no pescoço e tinha uma lâmina. Tinha sangue no quarto, na cama também. Tinha sangue no quarto todo”, contou a sobrinha da vítima, a cirurgiã-dentista Marta Brito, na manhã desta segunda-feira (16).
Os parentes não recebiam notícias de Rita desde a quinta-feira (12) e estranharam o sumiço da bancária.
O corpo de Rita foi encontrado no sábado (14), no sexto andar do edifício Itaigara Pratical Residence, na Rua �?rico Veríssimo. Segundo a sobrinha da vítima, não foram encontrados o celular, o cartão de crédito, notebook e documentos da tia.
�?ltimos momentos
Na quinta, Rita passou numa farmácia antes de chegar em casa. “A polícia encontrou no apartamento dela uma nota fiscal de uma farmácia no horário às 17h30. A gente supõe que ela saiu do trabalho lá no banco às 16h30 e aí foi, provavelmente, numa farmácia comprar um medicamento. Inclusive tinha remédios em cima da mesa. Ela foi encontrada com a roupa que foi pro trabalho”, disse a sobrinha.
Marta não soube dizer que tipo de medicamentos foram encontrados, mas disse que a tia fazia uso de remédio contínuo. “Ela teve uma depressão, mas ela estava bem, tanto que no Dia das Mães passou bem com a família. Embora tenha feito uso de alguns medicamentos no passado, a polícia já disse que foi um homicídio e queremos que o culpado seja localizado”, declarou a sobrinha.
O prédio tem câmeras na entrada e nos corredores. A empresa que presta serviço ao condomínio já foi acionada pela polícia.
(Foto: Reprodução) |
Moradores abalados
O crime abalou os moradores do prédio. “Esse edifício é relativamente novo, 13 anos, e nunca teve isso. Foi algo que nos deixou chocados, porque ela era uma vizinha tranquila”, disse o síndico do prédio, o contador Edvaldo Santos, 68. Ele confirmou que as imagens já estão à disposição da polícia.
Questionado como é feita a entrada de estranhos no condomínio, ele respondeu que “somente com a autorização do morador”.
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