Hospitais de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catariana e Pernambuco enfrentam o mesmo problema: falta de leitos de terapia intensiva (UTI) para o público pediátrico. Nas últimas semanas, houve um aumento exponencial de crianças internadas com vírus respiratórios. A explicação, segundo os médicos, é que um número grande de crianças e adolescentes tiveram contato com os vírus ao mesmo tempo, após dois anos de pandemia, quando ficaram isoladas. O infectologista Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Pediatria, afirma que anualmente há um aumento de doenças respiratórias, já que o tempo seco é mais propício para a propagação de alguns vírus. �??Em todo outono temos aumentos expressivos de casos de doenças de transmissão respiratórias, especialmente em crianças. Rinovírus, adenovírus, vírus sincicial respiratório são os principais que circulam nessa época do ano, antecedendo a circulação do vírus influenza, da gripe, que concentra a maior parte dos seus casos no inverno.�?�
O Hospital Infantil Sabará, localizado em São Paulo adotou um plano de contingência para conseguir atender a alta demanda. Com o procedimento, os pacientes recebem atendimento médico conforme o risco de piora clínica, determinado pelos enfermeiros na triagem. Na última quarta-feira, 25, o hospital registrou 95% de ocupação nas UTIS pediátrica. Segundo a entidade, parte desse plano incluiu a abertura temporária de leitos externos e o aumento em 20% dos leitos de internação para cuidados intensivos, totalizando 133 leitos dedicados à internação pediátrica.
*Com informações do repórter Victor Moraes
Que você achou desse assunto?