Seis caminhoneiros foram sequestrados por um grupo indígena no distrito de Camuruxatiba, no município de Prado, localizado a 791 km de Salvador, no fim da noite de segunda-feira (3). De acordo com o delegado federal de Porto Seguro, Cristiano Tenório, agentes da unidade foram encaminhados para a região, no início da tarde desta terça (4), para negociar a soltura dos reféns.
Foto: Ilustrativa
Segundo o proprietário dos caminhões, Alcedino Malacarne, os seis motoristas faziam o transporte de eucalipto, quando foram supreendidos por índios de um grupo conhecido como Pequi, que fica a 12 km da fazenda onde as madeiras são recolhidas, em Camuruxatiba.
Malacarne conta que abriu uma estrada na região para garantir o escoamanento da produção e, por isso, o grupo indígena passou a exigir dele dinheiro e materiais como madeira, óleo, gerador, além de bois. “Eu colaboro muito com eles. Mudaram um cacique e agora estão fazendo isso comigo. Além dos caminhoneiros que estão sem comer nada desde ontem, a produção está toda parada, já que os caminhões também foram levados”, afirma.
O líder da aldeia Cahy, cacique Timborana, que fica próxima da localidade e é contrário à ação, explica que esteve no local onde o grupo Pequi vive e pediu que soltassem os trabalhadores. No entanto, ele relata que foi mal recebido. Nenhum representante do grupo indígena foi encontrado para comentar o assunto e as motivações do sequestro.
Por Henrique Mendes, do G1/BA
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