Parece piada, mas é verdade. O tomate entrou na lista dos produtos investigados na fronteira, depois que passou a ser contrabandeado da Argentina. O produto está sendo comercializado à preços, nunca antes praticado na história do país, passando dos 8 reais em muitas cidades. Nesta semana vários consumidores de Foz do Iguaçu cruzaram a fronteira para comprar o produto no lado argentino, onde está sendo vendido por 3 reais, o quilo.
Para os distribuidores no lado brasileiro, a queda nas vendas chega a 50%, em cidades de fronteira. Já o aumento repentino da procura nos últimos dias está tornando o tomate mercadoria rara no comércio da cidade argentina.
“Estamos vendendo o que temos, e não é muito”, disse Antonio Garrido, que só esta semana disse ter triplicado o estoque e já pensa em reforçar os pedidos aos fornecedores. “Se não conseguir, o jeito vai ser aumentar um pouco os preços porque o tomate está começando a faltar em algumas regiões”, conta, ao explicar que em outros municípios argentinos, que fazem fronteira com o Brasil, a procura também está bem acima do normal.
Apesar de a estratégia de apelar para os países vizinhos, em épocas de alta de preços ser bastante comum em regiões de fronteira, a prática neste caso é considerada contrabando, alertam as autoridades brasileiras. Segundo o chefe do Ministério da Agricultura em Foz do Iguaçu, Antônio Garcez, quem comprar o tomate na Argentina pode perdê-lo, já que o certificado fitossanitário internacional, exigido para esse tipo de produto, só é fornecido no processo de exportação convencional.
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