Nerça-feira (19) a Rua Acre recebeu as primeiras camadas de material para sedimentar o piso asfáltico. A população desta rua que, historicamente, sofria por mais de 40 anos, desde a emancipação da cidade, viu várias máquinas da Prefeitura de Itamaraju espalhar o solo-brita, enquanto um rolo compactador já ia solando a mistura e preparando o terreno para receber o tapete negro. A rua Acre corta a cidade de Itamaraju, quase que de um extremo a outro, passando por outras 18 ruas. O trecho que está sendo pavimentado é o mais dificultoso, por conta da inclinação. Depois do cruzamento com a Rua Manuel Vitorino, a situação estava caótica: a via estava intransitável.
O trecho que será pavimentado, tem 725 metros de extensão. Está localizado no Bairro de Fátima a partir do cruzamento com a Rua Amazonas até depois da Rua Manuel Vitorino.
Ao todo, são 1,525 quilômetro de extensão, mas apenas um terço deste perímetro está pavimentado (550 metros). A Acre liga a parte baixa do Bairro de Fátima ao centro da cidade.
Quando receberam a informação de que a rua seria pavimentada, os moradores desta rua, com ouvidos já cansados das muitas promessas, duvidaram que a obra seguisse em frente. No dia em que a retroescavadeira iniciou os trabalhos para implantação das manilhas, eles assistiram meio que anestesiados. Pareciam não acreditar no que estavam vendo. A via estava tão destruída que sua recuperação era vista como uma utopia, algo impossível de acontecer. A rua termina num despenhadeiro. Para resolver o problema do volume de água que seguia pela rua, em tempos de chuva, foram implantados cerca de 500 metros de tubulação para drenagem pluvial, com várias caixas de captação. No cruzamento com a Rua Eurico Gaspar Dutra, foi implantado um captador de água da chuva chamado de �??Engole Tudo�??, que terá finalidade de barrar a água que desce das ruas de cima.
“Nesses 40 anos, quando fazia sol, nós enfrentávamos a poeira e, quando chovia, a água descia ladeira abaixo abrindo valetas que tornavam a via intransitável, isso, sem falar na lama”, afirmam os moradores mais antigos.
Quando assumiu a Prefeitura de Itamaraju, há pouco mais de dois anos, o atual gestor, Manoel Pedro Rodrigues Soares (PSD), até tentou resolver o problema aterrando as enormes fendas abertas pela água da chuva e patrolando a via; mas bastou chover para que todo o serviço feito fosse arrancado pela força da água.
“A obra de asfaltamento deveria ter iniciado no dia 5 de junho, conforme divulgado, mas as chuvas que têm caído sobre a cidade, sobretudo, nos últimos 15 dias foram decisivas para o atraso no cronograma do asfaltamento”, afirmou, nesta terça-feira (19), o Diretor de Obras da PMI, Hélio Vieira, quando fiscalizava os trabalhos.
O início da recuperação da Rua Acre era aguardado pelos moradores desde os primeiros meses de 2012. A princípio, a Secretaria Municipal de Obras havia anunciado o começo da pavimentação para 30 de março, mas houve um atraso, que segundo Hélio Vieira, foi por conta do processo licitatório para compra dos implementos, à exemplo do solo-brita. Somente a partir do último dia 23 de abril, as máquinas iniciaram os trabalhos de infraestrutura com a implantação da rede de drenagem pluvial e terraplanagem.
O Prefeito ‘Pedro da Campineira’ afirmou que, mais uma vez prova à que veio. “Estamos na administração do município de Itamaraju para fazer a diferença. E já estamos fazendo, isto em pouco mais de dois anos de gestão. Realizamos várias obras, saneamos as contas públicas, salários e fornecedores são pagos rigorosamente em dia e, agora, as ruas mais problemáticas do município estão sendo recuperadas”, comentou.
O diretor de Convênios da PMI, Wilson Júnior, informou que serão utilizados 147 mil metros quadrados de asfalto, o que vai corresponder a, aproximadamente, 16 quilômetros de ruas pavimentadas num prazo de 120 dias, �??se a chuva deixar�?�, brinca. Ele fez questão de esclarecer que o asfalto está vindo por conta de uma parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Itamaraju. �??O governo da Bahia está fornecendo o produto mais caro, no caso a Emulsão, e o assessoramento técnico por intermédio da empresa OPF. Em contra partida, a Prefeitura cede parte do maquinário, incluindo os tanques, e demais produtos, além do pessoal que trabalha na obra�?�, concluiu.
Três engenheiros estão diretamente envolvidos nos trabalhos de pavimentação, Dr. Luis Reis, ex-diretor do DERBA, Dr. Paulo, encarregado da obra, e Dr. Simon Rogério, engenheiro da Prefeitura responsável pelo projeto.
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