Pouco mais de 16 toneladas de maconha prontas para consumo e 500 gramas de haxixe, apreendidos pela Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, em três fazendas nos municípios de Cafarnaum e Canarana, entre os dias 21 e 24 deste mês, foram apresentadas à imprensa, na tarde desta segunda-feira (26), na sede da Coordenação de Operações Especiais (COE), localizada em São Cristóvão do Aeroporto.
Destinados ao abastecimento de pontos de tráfico em Salvador e localidades do Litoral Norte baiano durante o Verão, os 16 mil e 15 quilos de maconha renderiam aos traficantes, conforme estimativa policial, cerca de R$ 8 milhões. Acondicionada em cerca de 3 mil sacos �?? quase a metade deles enterrados nas propriedades rurais e cobertos com lonas �?? a droga foi transportada até Salvador num caminhão baú.
Depois de pesada, a maconha, periciada pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), será destruída mediante autorização da Justiça. Peritos constataram um alto teor de Tetrahidrocanabinol (THC), princípio ativo da droga.
Mais de 10 mil pés da erva, com cerca de 1,5 metros de altura, foram erradicados pelos policiais e incinerados nas três propriedades rurais, tendo o caseiro José Marcos Rodrigo dos Santos, 33 anos, empregado da Fazenda Boa Nova �?? onde foram apreendidos 10 toneladas e 440 quilos de maconha �?? no povoado de Alecrim, em Cafarnaum, sido preso em flagrante por tráfico e conduzido para a 14ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Irecê).
Numa segunda fazenda em Cafarnaum, no Povoado de Queimada, foram encontrados outras cinco toneladas e 170 quilos de maconha ensacadas, além de meio quilo de haxixe escondido sob uma árvore. Já na fazenda situada em Canarana houve uma apreensão de 405 quilos de maconha. As investigações apontam que alguns dos proprietários rurais, cujas identidades são mantidas em sigilo, são procedentes de dois estados nordestinos.
Ao perceberem a aproximação dos policiais, os responsáveis pelo cultivo das plantações conseguiram fugir pela vegetação de caatinga fechada, deixando para trás mochilas com roupas e outros pertences. Também foram apreendidas prensas industriais, balanças, bombas de irrigação, sementes e ferramentas, além de um veículo Gol e uma motocicleta. Estima-se que cerca de 20 pessoas trabalhavam no plantio e colheita da maconha em cada roça.
Três poços artesianos foram desativados e equipamentos utilizados para irrigação, como mangueiras e tubulação, destruídos. Calcula-se que os traficantes investiram cerca de R$ 2 milhões na aquisição de terras, irrigação, plantio, colheita e distribuição da droga. Eles utilizavam uma estufa improvisada para a secagem da maconha, que, depois de enterrada em buracos, era coberta com lonas revestidas com folhas e galhos de árvores.
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