S�?O PAULO – O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informou hoje que o deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva, conhecido como o palhaço Tiririca, conseguiu ler e escrever. O humorista foi submetido a um teste de ditado e leitura pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira.
Tiririca é réu em uma ação penal que apura se houve falsidade ideológica na declaração de sua alfabetização entregue no pedido de registro de candidatura nas eleições deste ano. De acordo com o presidente do tribunal, desembargador Walter de Almeida Guilherme, Tiririca leu um trecho de uma reportagem e de um texto extraído do livro da Justiça Eleitoral.
O humorista, contudo, se recusou a fazer perícia para avaliar a veracidade da declaração apresentada ao TRE-SP. Tiririca já tinha admitido antes que sua mulher o ajudou a preencher os documentos necessários para registrar sua candidatura.
Depois dos testes, o juiz deu continuidade ao processo para colher novos elementos. Serão ouvidas, ainda hoje, quatro testemunhas: três arroladas pela defesa e uma pela acusação.
O desembargador acredita que a ação penal não será capaz de impedir a diplomação de Tiririca, já que a decisão do tribunal, que assegurou ao humorista a possibilidade de concorrer no pleito, não foi contestada. A partir da diplomação, Tiririca passa a ter foro privilegiado e o processo é encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Tiririca foi eleito pelo PR e recebeu com 1.353.820 votos. Com o resultado expressivo, o humorista foi fundamental para eleger outros três candidatos pelo sistema de quociente eleitoral.
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