Uma família perdeu um ente querido. Teria sido apenas mais um dos 1736 casos de morte (até o dia 15/04, segundo o Ministério da Saúde) com quadro respiratório grave.
Há quem defenda que o número não é assim tão grande à ponto de paralisar a economia e seria a oportunidade de dizer à essa família que é melhor falar do número de pessoas recuperadas do que dos mortos.
Ontem mesmo assisti a um vídeo de dois jovens brincando que todo caso de morte agora é atribuído ao novo coronavírus. Estão zombando do que muitas famílias têm passado.
Era o que defendia Kalbrenner Feitosa Mota (33 anos), falecido no último domingo (12). Familiares confirmam que a causa da morte foi a COVID-19 (Síndrome Aguda Respiratória Grave), provocada pelo novo coronavírus.
Nas redes sociais, Kalbrenner Feitosa escrachava quem defendesse o distanciamento social, desde o posicionamento do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, contra essa medida adotada por governadores e prefeitos.
Em resposta à amigos, Keify Mota (irmão de Kalbrenner) pede às pessoas para levarem a doença à sério e fala dos momentos difíceis com o irmão doente, a falta de velório e o caos em hospitais, com o aumento de casos.
Há quem defenda que o novo coronavírus, não passa de uma ‘gripezinha’, utilizada como trama para impedir os planos do atual presidente de concorrer às eleições em 2022, politizando a doença.
Tem muita gente repetindo isso e ridicularizando as estimativas dos especialistas em saúde, sobre estatísticas do pico ao longo dos próximos meses (abril, maio e junho), se dizendo cansados de tanto ouvir falar nessa doença. Os fatos vão mostrando dia-a-dia quem está com a razão e chegando, também, naqueles que duvidam da COVID-19, inclusive, em pessoas fora do grupo de risco e com condições atléticas de saúde, como propôs o presidente, que não ocorreria.
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