A Secretaria da Segurança Pública ressalta, novamente, que desconhece a metodologia utilizada para a contagem das mortes nos estados brasileiros, como a publicada pelo IPEA esta semana. A diferença no resultado dos rankings divulgados por tais estudos mostram a discrepância da forma de coleta de dados, apontando, em cada uma delas, um município diferente como o mais violento por 100 mil habitantes.
Mais uma vez, a SSP-BA entende que, enquanto não houver uma padronização na coleta destas informações junto a todos os estados, pesquisas como a publicada em nada vão colaborar para entender a real situação dos municípios e a dinâmica da violência no país.
Exemplificando, em uma cena de crime com 5 mortos por arma de fogo, na Bahia, e demais estados nordestinos, são contabilizados 5 homicídios. Em outros estados, com essa mesma situação, é contabilizado apenas 1 homicídio. Outro ponto diferente é a utilização da classificação ‘mortes a esclarecer’. Tem estado que no final do ano computa 4 mil homicídios e outras 3 mil mortes a esclarecer. Nestes casos as pesquisas utilizam apenas o dado ‘oficial’ de 4 mil.
Destaca que o Ministério da Justiça já reconheceu que a falta de metodologia única para contagem dos casos colabora para a criação equivocada de rankings de cidades. Logo, se cada estado contabiliza de forma diferente é impossível compará-los.
Por fim a SSP reforça a necessidade da unificação da metodologia e a necessidade de o Governo Federal implantar um plano de segurança com investimentos na área de modo que as informações sobre a violência sirvam de fato para estabelecer estratégias para diminuí-la.
Assessoria de Comunicação/Secretaria da Segurança Pública da Bahia
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