“A informação não ter sido divulgada aos alunos não foi uma intenção de qualquer um dos membros da direção da escola”, afirmou diretor do Colégio Estadual Homero Pires, Kleber Muniz.
O caso ganhou notoriedade após boa parte dos 661 alunos matriculados neste ano de 2015 saírem às ruas em protesto pelas péssimas condições da escola e por problemas relacionados aos poucos recursos destinados à merenda escolar.
Segundo o diretor, a informação do depósito não foi oficializado pela Diretoria Regional de Educação (DIREC 09), com sede em Teixeira de Freitas, tampouco pelo governo estadual. “Numa consulta habitual de saldo da conta bancária da escola é que identificamos um valor creditado. Sem saber do que se tratava, mantivemos cautela antes de divulgar a existência do dinheiro e sua destinação”, afirma.
Durante o tempo em que foram solicitadas as informações é que os alunos se anteciparam com o protesto. “No último dia 09 de setembro, apesar de estar em licença médica, estive no banco. Lá descobri o valor depositado. Daí informei à vice-diretora, Nair Vieira Rodrigues, e pedi à ela para aguardar mais informações”, argumentou.
Dessa forma, fica esclarecido o fato de a notícia de depósito não ter sido passada aos alunos. Tudo teria sido motivado pela informação não tão clara no Portal da Transparência. Lá constava o descritivo de reforma parcial e serviço de manutenção. Ainda de acordo com o diretor escolar, nem o setor de credenciamento da Secretaria Estadual de Educação (SEC) soube informar exatamente do que se tratava. “Fomos informados apenas de que o processo de credenciamento estava sendo preparado”, concluiu.
A rotina diária da escola, outros acontecimentos, o tempo passando, a informação não esclarecida, até que os alunos deram o grito de socorro nas ruas.
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