União reconhece território indígena na região de Cumuruxatiba e Corumbau

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Por meio da publicação no Diário Oficial da União (DOU), desta segunda-feira (27), a comunidade indígena do município do Prado tomou conhecimento da decisão sobre processo de análise da demarcação de áreas pertencentes aos índios pataxós.

O despacho de João Pedro Gonçalves da Costa (Presidente da Fundação Nacional do Índio – FUNAI), no Processo FUNAI/BSB N.° 08620.015374/2014-48, reconhece o território medindo cerca de 28 mil hectares, como áreas da Terra Indígena Comexatiba.

José Francisco Neves (74), o 'Cacique Timborana', da Aldeia Cahy
José Francisco Neves (74), o ‘Cacique Timborana’, da Aldeia Cahy

Esse território mede cerca de 129 km, onde vivem os pataxós, cerca de 732 pessoas (segundo números do Ministério da Saúde, do ano de 2013).

“A faixa de terra se estende da região da Praia da Amendoeira até as proximidades de Corumbau, numa pedra chamada de ‘Bunda da Nêga’, segundo informações de José Francisco Neves, o ‘Cacique Timborana’, da Aldeia Cahy.

Marli Neves Nobre (75), a Índia Saracura
Marli Neves Nobre (75), a Índia Saracura

O Relatório de Identificação e Delimitação da área indígena é o resultado do trabalho das antropólogas Leila Silvia Burger Sotto-Maior e Sara Braga.

HIST�?RIA DOS PATAX�?S: No Brasil, conforme o último censo do IBGE, a população atual Pataxó é de 13.588, sendo 6.982 homens e 6.606 mulheres, distribuídos em seis terras indígenas localizadas no extremo sul da Bahia (Barra Velha do Monte Pascoal, Coroa Vermelha, Mata Medonha, Imbiriba, Aldeia Velha e Comexatiba).

Segundo estudos, os Pataxós eram “totalmente selvagens”, um grupo de caçadores e pescadores semi-nômades. As referências ao etnônimo Pataxó no extremo sul da Bahia datam dao século XVI, mais precisamente ao ano de 1577, quando a presença deste povo na faixa litorânea da região entre os municípios de Porto Seguro e Prado.

Durante vários séculos predominaram os conflitos entre índios e colonos. Ao longo do tempo, os índios passaram a viver em aldeias, uma solução encontrada pelos portugueses para garantir o avanço das fronteiras econômicas, sendo as missões católicas quase sempre as responsáveis pela gerência dos aldeamentos, com objetivo de amansar e catequizar os índios.

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