Após a morte de um bebê, cerca de 300 moradores de Amargosa ameaçaram fechar a entrada da cidade e promover nova manifestação. A bebê Maria Vitória Souza Santos foi sepultada na tarde desta quinta-feira, 17. Cerca de 100 policiais militares e civis reforçam o policiamento, entre eles o Pelotão de Choque.
Foto: Luis Tito/Ag. Atarde
O sepultamento da menina foi acompanhado por cerca de 800 pessoas, a maioria vestida de preto, com faixas e cartazes pedindo justiça. Na entrada do Cemitério Municipal, o cortejo fez um circulo e colocou o caixão no meio. De mãos dadas, as pessoas cantaram e depois se ajoelharam, clamando por justiça.
A revolta da população é pela morte da menina, que foi atingida por um tiro na cabeça durante abordagem policial realizada por dois policiais (um civil e um militar), na noite de quarta-feira, 16.
O caso obrigou medidas emergenciais da Secretaria da Segurança Pública para retomar a tranquiidade em Amargosa, prometendo apurar os fatos que se sucederam após uma troca de tiros entre policiais e criminosos, que terminou com a morte da criança.
Além do efetivo, chegaram à cidade outros 36 policiais, entre delegados e investigadores, deslocados imediatamente após os distúrbios, e de várias equipes da Polícia Militar, inclusive do Batalhão de Choque.
Foto: Luis Tito/Ag. Atarde
Por determinação da Corregedoria, a arma do policial civil que participava da operação e de quem teria partido o projétil que atingiu a criança, foi apreendida e será encaminhada para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT). O local onde ocorreu o episódio também passará por perícia. Delegados da Correpol estão na cidade para ouvir testemunhas e o policial envolvido. Um inquérito e um procedimento administrativo serão abertos para apurar o caso.
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