Uma força tarefa, formada por equipe mista do ICMBio, IBAMA e Polícia Militar Ambiental (CIPPA-BA) realizaram fiscalização em Montinho, no município de Itabela, no extremo sul da Bahia.
O objetivo foi coibir a produção e a comercialização de artefatos produzidos a partir de madeira nativas da mata atlântica. Na operação foram encontradas gamelas, farinheiras, tábuas de petisco e de cozinha, colheres, pilões, entre outros artefatos. Também foram localizadas lixadeira, cavadores de colher, torno, motores de torno, serras, madeira in natura (toretes), mais de mil colheres, mais de quinhentos pilões, gamelas, farinheiras e pratos de madeira, peças principalmente de parajú e sapucaia. Além de apreender o material, as atividades foram embargadas.
Há, no local, o uso do eucalipto, alternativa legal ao uso de essências nativas, mas ainda representa pequena parte da produção.
A denúncia é de que as peças de madeiras tenha sido extraídas do Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, incluindo, “a conivência da população indígena que reside nas Aldeias e fora delas, é o que afirmam moradores de Montinho durante a fiscalização”, afirmou Ronaldo Oliveira do ICMBIO.
Inconformados com a operação, moradores de Montinho chegaram a bloquear a BR 101, impedindo o tráfego em represália às apreensões. Eles exigiam a devolução do material apreendido, para voltar a liberar a pista.
A equipe da força tarefa optou por sair do local por acessos alternativos e evitar confronto direto com a população. Pouco depois, representantes dos moradores de Montinho foram à sede do IBAMA, em Eunápolis para negociar uma alternativa da continuidade do trabalho de artesãos no município de Itabela. O ICMBIO, IBAMA agendaram reunião reunião para tratar da produção de artefatos de madeira, na Câmara de vereadores de Itabela. Com isso a rodovia BR 101 foi liberada.
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