O trabalho do Ministério Público, com o programa o �??MP e os objetivos do milênio: Saúde e Educação de Qualidade Para Todos�?�, está montando um mapa com os problemas encontrados pela população em vários municípios. Raros são aqueles onde irregularidades não são detectadas.
Em escolas públicas incomuns são as vezes em que alunos têm de se submeter às mais variadas aberrações, desde o consumo de água imprópria ao ser humano, falta de merenda, falta de transporte escolar, dentre outras muitas irregularidades, vividas na classe escolar.
Todos os anos professores saem às ruas exigindo equiparação salarial, reajuste e rateio �?? direitos garantidos pela Constituição. Até ai, tudo legal. O que não dá para entender é como eles vão exigir os próprios direitos, deixando debaixo do tapete os direitos de outros milhares e milhões de brasileiros: a garantia de educação de qualidade para todos.
Os problemas expostos pelo trabalho do Ministério Público é conhecido por todos os professores, que estão nas salas de aula ao longo de todo este tempo. Ninguém melhor para saber o que se passa no ambiente escolar do que o professor, o mesmo que vai para às ruas em busca de dinheiro, esse mesmo que é garantido em lei, como direito que lhes cabe. Ainda assim, os muitos problemas da educação, em várias partes do país, deveria fazer parte de suas exigências. A sociedade está começando a perceber este grupo de profissionais se tornando uma classe elitista, preocupada com a sua própria condição, com seu próprio status, com sua própria renda.
Para melhorar a educação, não basta apenas se preocupar com salário de professores, mas a educação é um complexo de outros problemas que envolvem o ensino aprendizagem, com diversos outros fatores à serem considerados. Não queremos dizer que o professor não deva ser valorizado, muito pelo contrário. O que não dá para concordar é que eles, tendo direitos constitucionais garantidos e, indo às ruas reivindicar isso, poderia colocar na bagagem outros problemas enfrentados na escola. O discurso pode até carregar palavras de melhorias, mas na prática, no apagar das luzes, as manifestações se encerram com a conquista da equiparação, do reajuste e do rateio.
Quem viveu em décadas atrás ainda é capaz de lembrar de um profissional em extinção, cujo objetivo principal era a educação e o bem-estar de seus alunos. Pelo que está sendo mostrado pelo Ministério Público, o bem-estar não faz mais parte deste quesito para a classe de professores.
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