Médicas �??patricinhas�?� envergonham o Brasil

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A foto abaixo diz tudo; um médico cubano negro, que chegou ao Brasil para trabalhar em um dos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum profissional brasileiro, foi hostilizado por jovens médicas brasileiras; com quem a população fica: com quem vai aos rincões para salvar vidas ou com uma classe que lhe nega apoio?

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Em nenhum país do mundo, os médicos cubanos estão sendo tratados como no Brasil. Aqui, são chamados de �??escravos�?� por colunistas da imprensa brasileira e hostilizados por médicos tupiniquins, como se estivessem roubando seus empregos e suas oportunidades. Foi o que aconteceu ontem em Fortaleza, quando o médico cubano negro foi cercado e vaiado por jovens profissionais brasileiras.
Detalhe: os cubanos, assim como os demais profissionais estrangeiros, irão atuar nos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro, a despeito da bolsa de R$ 10 mil oferecida pelo governo brasileiro. Ou seja: não estão tirando oportunidades de ninguém. Mas, ainda assim, são hostilizadas por uma classe que, com suas atitudes, destrói a própria imagem. Preocupado com a tensão e com as ameaças dos médicos, o ministro Alexandre Padilha avisou ontem que o �??Brasil não vai tolerar a xenofobia�?�.
Imprensa internacional ironiza o comportamento vexatório de opositores e de médicos brasileiros com a chegada de médicos cubanos no Brasil.
O jornal Público, da Espanha, ironiza o comportamento da oposição, da mídia e das entidades médicas brasileiras com a chegada dos médicos cubanos.
O deboche já começa pelo título, Os �??escravos�?� cubanos deixam nervosos os médicos brasileiros.
Diz que setores da oposição afirmam que �??Brasília e Havana sujeitam os médicos ao �??trabalho escravo�??�?�.
Mas lembra que os US$ 1.600 que os cubanos receberão de seu Governo, são �??um monte de dinheiro�?� numa país onde a cesta básica de uma família anda em tono de US$ 100.
�??O Conselho Federal de Medicina do Brasil afirma que a chegada dos médicos cubanos �??expõe a saúde da população a risco.�?� No entanto, apenas mil médicos brasileiros concordaram em trabalhar em algumas das centenas de vilarejos em que nunca houve um médico. Parece estranho dizer que para quem sofre dessas regiões é melhor viver sem cuidados de saúde de que a presença de médicos cubanos.�?�

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