Não se pode generalizar. Entre os manifestantes existiam pessoas de bem, lutando por aquilo que acreditam e que julgam ser seus de direitos, assim como outros milhões de brasileiros, quando foram às ruas em protesto aos serviços públicos oferecidos no país e pelo fim da corrupção. Isto deve e é garantido pela Constituição Federal do Brasil, como direitos e princípios invioláveis.
O que não pode ser tolerada é a presença de vândalos, infiltrados nestes atos democráticos, com interesse de usar o povo como massa de manobra, como bois de piranha, incitando à atos de violência.
O que fizeram com o repórter fotográfico Edson Sisnandes, do Alertanews, quando ele estava no exercício de sua função, não pode ser admitido e precisa ser repudiado, inclusive, com a participação e campanha de organizações de profissionais de imprensa, contra atos desta espécie.
O repórter Diógenes Marques Cunha, na cobertura do manifesto para o PrimeiroJornal, também foi ameaçado e hostilizado por manifestantes extremamente alterados. Pelo princípio da ética, estamos evitando expor a imagem deles, na certeza de que estavam tomados por um sentimento, que depois pode passar. Ainda na condição em que realizou seu trabalho, o PrimeiroJornal foi isento de opiniões e narrou exatamente o ocorrido, sem juízo de valor, sem tendências.
O ódio destes [indivíduos, elementos, baderneiros – assim devem ser rotulados] chegou ao ponto em que se sentiram embriados pelo poder, como se tudo pudessem fazer naquele momento, naquele ato, em que se sentiram deuses. Como se tudo o que mais buscam fosse resolvido com o ódio gratuito, contra todos, como seres sedentos pela violência e pelo mal ao próximo. Com esse comportamento o manifesto perde o seu objetivo.
Grave é a denúncia que lançamos ao divulgar incitação de manifestantes, durante a colocação de toras de madeira na pista, um destes [indivíduos, elementos, baderneiros – assim devem ser rotulados] incitando à outros para colocar fogo em caminhões. Por sorte acabou sendo ignorado. No momento, inclusive, foi acionada uma gravação de vídeo pelo PrimeiroJornal.
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