A Universidade do Texas (EUA), mantenedora do Laboratório Nacional Galveston, anunciou ter perdido um de seus frascos contendo amostras de um vírus mortal.
O laboratório, especializado em bioterrorismo e combate a doenças emergentes, mantém amostras dos vírus mais perigosos conhecidos pela humanidade em uma instalação de segurança máxima, onde os vírus ficam congelados.
Mesmo a segurança máxima, contudo, não foi capaz de evitar a perda de um dos cinco frascos contendo vírus do guanarito, uma febre hemorrágica que causou mortes na Venezuela.
O guanarito ocorre naturalmente em roedores, e foi transmitido para agricultores por meio de poeira do solo contaminada com excreções de ratos. Cerca de um terço dos infectados com o vírus morreram de febre hemorrágica.
A falta do frasco foi detectada em um levantamento de rotina – todos os cinco frascos foram inspecionados no inventário anterior, feito em Novembro do ano passado.
Sumiços comuns: Segundo Scott Weaver, diretor científico do laboratório, não foram encontrados indícios de violação do freezer com acesso restrito e nem problemas técnicos no sistema de segurança. Isso o leva a suspeitar de que o frasco possa ter-se quebrado dentro do próprio laboratório.
O evento está sendo apurado pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention) e pelo FBI.
Segundo Weaver, os próprios agentes do CDC consideram a hipótese de roubo do frasco com o vírus mortal como “extremamente improvável”.
Esta não é nem de longe a primeira vez que um evento desse tipo ocorre nos Estados Unidos. Segundo estatísticas do CDC, o órgão recebeu 88 relatórios de perda de vírus, germes e toxinas de alta periculosidade entre 2004 e 2010 – apenas um dos casos não foi esclarecido, e o material continua desaparecido.
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