Professores da rede municipal de educação da cidade de Itamaraju rejeitam proposta do Prefeito ‘Pedro da Campineira’ (PSD), que encaminhou o Projeto de Lei N.º 0011/2012, autorizando recomposição salarial, na ordem de 6,5%, à todos os profissionais lotados na Secretaria de Educação do município, e outros 22,22%, para professores do antigo regime de magistério �?? aqueles que não se graduaram.
Inconformados, representantes da categoria, por meio dos diretores da APLB/Sindicato, se reuniram com os vereadores, momentos antes da sessão ordinária, desta terça-feira (26), manifestando desinteresse com o aumento proposto pela administração municipal. Segundo os respresentantes dos professores, o projeto deveria ser colado em pauta e rejeitado por unanimidade.
O presidente da Câmara de Vereadores de Itamaraju, Rubens Cleudes, conhecido como ‘Rubens do Hospital’, precavidamente, solicitou que a APLB/Sindicato encaminhasse documento por escrito, autorizando os vereadores a rejeitar o projeto. �??O temor dos vereadores é que o ato de rejeição do projeto seja interpretado, no futuro, como ação contrária aos interesses dos professores do município e esta posição não assumimos�?�, declarou o presidente da Câmara de Itamaraju.
Como os professores não se manifestaram por escrito, o projeto foi encaminhado para as comissões permanentes, conforme prevê regimento interno. Para Rubens, este ato mantém o projeto com possibilidade de votação, inclusive, antes do pagamento da próxima folha, que já seria paga com o reajuste, caso os professores aceitem o aumento proposto. �??Outro ponto sustentado para não rejeitar o projeto é que, em caso de fazê-lo, nova proposta com o mesmo conteúdo só poderia tramitar na Câmara, depois de passados 30 (trinta) dias�?�, concluiu.
Professores exigem o pagamento de 11%, ao contrário dos 6,5% propostos pela administração municipal. O Prefeito ‘Pedro da Campineira’ chegou a negociar e ceder aos grevistas, mas após encaminhar o projeto para a Câmara de Vereadores, a assessoria jurídica detectou que a reposição salarial não poderia ultrapassar os índices da inflação, neste caso, 6,5%, o que poderia ser interpretado pela justiça eleitoral, como crime. Em face disto, reformatou o projeto com o novo índice e reencaminhou para votação nesta terça-feira.
A categoria deflagrou a greve em 07 de maio. Depois do acordo [veja matéria], retornaram à sala de aula no último dia 18 de junho. Na sexta-feira (23), quando souberam da decisão da administração em alterar o projeto encaminhado à Câmara de Vereadores, substituindo o reajuste de 11% para 6,5%, decidiram manter a greve, por tempo indeterminado.
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