Empresário acusado de grilagem de terra no Oeste baiano deixou a prisão da Polícia Interestadual (Polinter), nos Barris no fim da manhã de ontem. O pivô do mensalão, preso desde o dia 2 de dezembro por suspeita de envolvimento com esquema de grilagem de terras no Oeste da Bahia, saiu da prisão por volta das 11:30hrs. Decisão do Superior Tribunal de Justiça determinou a soltura do empresário garantindo o direito de esperar em liberdade o julgamento de um habeas-corpus pela Sexta Turma do STJ.
Ao deixar o complexo policial, Valério optou pelo silêncio. Entretanto, diante das câmeras, ao esbarrar e derrubar o celular de um cinegrafista, ele abaixou-se para pegar o aparelho telefônico e não teve como evitar as perguntas. Após desculpar-se com o câmera, garantindo ser uma pessoa bem educada, Marcos Valério revelou que retornaria a sua cidade natal, Belo Horizonte (MG) para rever a família. Na capital mineira ele aguaradará o julgamento do habeas corpus pelo STJ.
Ele aproveitou para declarar inocência e afirmar que confia na Justiça: “Nada do que é imputado a mim procede”, afirmou, acrescentando: “Só tenho uma coisa a dizer, chega de jogo político”.
Diante de insistentes perguntas sobre sua eventual participação nas denúncias de aquisição ilegal de terra no oeste baiano respondeu de chofre: “Culpado de que, se sequer conheço São Desidério”. Ele se referia à cidade baiana distante cerca de 870 km de Salvador, onde a Polícia Federal afirma que ocorria a grilagem.
Na terça-feira, foi liberado pela Justiça Francisco Castilho Santos, um dos sócios do empresário. Outra sócia, Margaretti Maria de Queiroz Freitas, deixou a prisão na segunda-feira, 12, também amparada em uma liminar.
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