Na Câmara de Vereadores de Prado, o bloco que dá sustentação ao Prefeito João Alberto Viana Amaral – o Jonga – sofreu uma rachadura de alto impacto, assim que se iniciou a apuração dos votos para escolha dos novos membros da Mesa Diretora, durante os próximos dois anos �?? biênio 2011/2012. Composto pelos vereadores Artur (PCdoB), Bebeti (PP), Cona (PT), Moréia (PCdoB) e Robério (PT), o bloco da situação teve um de seus representantes votando contra o projeto político do atual prefeito de Prado.
Do outro lado da trincheira está o bloco de oposição, formado pelos vereadores Alfredinho (PSC), Dr. Fernando (PMN), Robertinho (PP) e Sessé (PSL). Para muitos, estes últimos saíram fortalecidos, ao demonstrar grande poder de articulação para desestruturar a base de sustentação política do Prefeito Jonga. Analistas políticos confirmam esta tese e afirmam que, mesmo numa eventual anulação da votação desta segunda-feira (22), o bloco de apoio ao Prefeito Jonga chega enfraquecido.
O vereador Robertinho negou a possibilidade de acontecer nova eleição. Antes mesmo da votação, ele já clamava para que os grupos aceitassem tranquilamente derrota e vitória, diferente do que realmente aconteceu.
Após a sessão, Robério disse que a votação, apelidada de �??cartas marcadas�?�, aconteceu inconstitucionalmente contrária, aos preceitos jurídicos, presentes na Lei Orgânica, onde há previsão de que os votos sejam secretos, reafirmando que o novo presidente só será conhecido na próxima segunda-feira (29).
O parlamentar Alfredinho disse que a anulação está fora de cogitação, acrescentando que irá ingressar com um pedido na Justiça para validar a sessão que definiu sua chapa vitoriosa.
O vereador Sessé estava visivelmente descontente com o encerramento da sessão, sem que a chapa em que está presente fosse divulgada vitoriosa, bradando que não houve marcação em cédula, conferida por ele e pelo vereador Cona.
Cona disse que na próxima sessão, quando acredita acontecer nova votação, o bloco da situação irá votar aberto, ou seja, divulgar publicamente o voto. Esta deve ser a saída encontrada para manter o grupo unido no mesmo projeto político. O vereadeor se fundamentou na Lei Orgânica Municipal para condenar a prática do “voto marcado”, acrescentando previsão na Constituição Federal, em defesa da anulação da votação.
Fica evidente a articulação da oposição e a coesão para assumir a Presidência da Câmara, como meio de enfraquecer a administração do Prefeito Jonga, para que seja mais fácil o embate político nas eleições municipais de 2012. Para o Prefeito fica o cenário em que terá de recompor o bloco que dá sustentação à sua administração, para que o final de sua gestão não seja tomado por turbulência.
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