Africanos são presos acusados de falsificação de dinheiro

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2010.09.08_nigerianos_presos_salvadorDois estelionatários africanos denunciados à polícia por um engenheiro, dono de um sítio localizado no Litoral Norte, foram presos por investigadores da 14ª Delegacia no fim de semana, quando circulavam por um Shopping Center em Salvador. O golpe aplicado pelo nigeriano Akuma Agbai Mecha Akanu, 42, que se diz contador, e por Abduramane Djaló, 43, professor de francês nascido em Guiné Bissau, consistia em multiplicar, mediante falsificação, cédulas de R$ 100,00 e R$50,00 cedidas pelas vítimas e, posteriormente, desaparecer com as notas verdadeiras.

O denunciante, que vinha negociando a venda de seu sítio aos africanos, decidiu procurar a polícia ao perceber que estaria sendo vítima de um golpe. Na última quarta-feira (01/09) ele compareceu à 14ª Delegacia e apresentou ao delegado titular, Nilton Tormes, uma cédula falsificada de R$ 50,00 que lhe fora entregue pela dupla. Akuma Agbai e Abduramane Djaló estavam hospedados no bairro da Barra.

O engenheiro, cuja identidade está sendo preservada, informou ao delegado que havia disponibilizado em um site informações sobre o sítio que pretendia vender. Chegou a trocar e-mails com o nigeriano, que anunciou sua vinda ao Brasil para investir em empreendimentos imobiliários. Após três meses de contato, Akuma Agbai veio a Salvador para conhecer a pequena propriedade rural, tendo informado ao dono que dispunha de R$ 9 milhões e 600 mil para investir.

Diamantes: Em 31 de agosto o nigeriano, que chegou ao Brasil há um mês, convidou o engenheiro para conhecê-lo no hotel e apresentou-se como Louis Nchindo, diretor da empresa Debswana Diamond Company, especializada na extração de diamante em Botswana, país africano. Contudo, os investigadores da 14ª CP constataram que o golpista vinha usando a cédula de identidade do executivo, que fora encontrado morto, em fevereiro último numa fazenda em Botswana.
No hotel localizado na Barra o dono do sítio também conheceu o cúmplice de Akuma Agbai, o professor de francês Abduramane Djaló, que também se comunica em português. Em meio às negociações sobre a compra da propriedade no Litoral Norte, os africanos tentaram aplicar o golpe da multiplicação de dinheiro. Entregaram ao engenheiro uma cédula falsa de R$ 50,00 que segundo eles seria aceita em qualquer lugar, diante da qualidade da falsificação.

Investigação: No último sábado (04/09), os dois africanos denunciados pelo engenheiro foram presos no shopping, onde teriam marcado um encontro com mais uma provável vítima. Na delegacia, Akuma Agbai declarou ser contador e viver no Canadá. Disse ainda que compra roupas usadas naquele país, para vender na Nigéria. Seu comparsa Djaló está no Brasil há três anos, é casado com uma brasileira e reside no bairro Santo Amaro, em São Paulo.

As investigações indicam que a dupla se hospedou em vários hotéis de Salvador, Ilhéus e Porto Seguro, onde fez contatos com empresários e possivelmente aplicou outros golpes. O delegado Nilton Tormes os autuou por falsificação de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica. O inquérito será remetido para a Justiça Federal, por causa da falsificação de moeda.


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