Na noite deste sábado (23/01), por volta das 20h00min, aconteceu um bárbaro homicídio no final da Rua Hermenegildo Sulz de Almeida, já nas proximidades da vala, em Prado. A vítima, Mário José dos Santos Fontoura (29 anos, pescador, morador à Rua José Alves Mascarenhas, bairro Luis Eduardo) foi morto com um golpe de arma branca (talvez uma faca peixeira ou um facão, com corte bastante afiado) que lhe ceifou a vida. O golpe foi tamanho que a vítima quase teve a cabeça degolada.
No momento do crime, por coincidência um policial que trabalha no serviço de inteligência da 43ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar) de Itamaraju, estava em uma residência à metros de distância do local onde aconteceu o crime. Ele ouviu uma conversação estranha e, quando foi conferir, acabou encontrando o corpo da vítima e um suspeito fugindo, montado em uma moto. O PM chegou a dar voz de prisão, não atendido pelo fugitivo. No intento de pará-lo, realizou um disparo que atingiu o pneu da motocicleta (Honda, CG/125, cor azul, placa JLX-8947, Teixeira de Freitas). Acuado, o fujão se entregou. Em seu depoimento disse que estava com sua namorada, quando chegaram dois homens (ambos de cor morena: um magro, alto, cabelos lisos e outro baixo), mas que não conhecia nenhum deles, principalmente porque no local havia pouca iluminação. Um dos homens pediu para que ficassem quietos, enquanto o outro surpreendeu a vítima e o executou com um golpe certeiro.
Antes do homicídio, minutos antes, outro crime foi notificado à Central de Operações do 4º Pelotão de Polícia Militar de Prado que encaminhou uma guarnição para atender uma ocorrência de agressão física, ocorrida no Bar da Loura (localizado na Rua Pernambuco, no bairro São Brás). A agressão foi notificada às 19h30min, informando que Ziane do Bonfim (25 anos, cabeleireira, moradora à Rua Pernambuco, N.º 101, bairro São Brás) havia sido agredida, com vários golpes, à ponto dela ter desmaiado.
Quando estava à caminho do Bar da Loura, na altura da Câmara de Vereadores de Prado, a Central de Operações do 4º Pelotão da Polícia Militar de Prado interceptou a guarnição com a informação de que a vítima já havia sido socorrida ao Hospital Jonival Lucas. Chegando lá, os policiais militares encontraram a vítima já saindo, acompanhada de duas amigas. Aos policiais, Ziane relatou que foi atacada com uma garrafa de cerveja, depois por chutes desferidos por seu ex-companheiro, Mário José dos Santos Fontoura, com quem ela tem 2 filhos (um de 8 e outro de 5 anos). A guarnição acompanhou a vítima até sua residência, quando foi notificada de que havia acontecido um crime de homicídio. Chegando ao local, encontrou o corpo de um homem (vestindo camisa branca e bermuda jeans, cor azul), de bruços, sem sinais de luta corporal ou defesa, morto com um golpe certeiro de arma branca. Sem nenhum documento de identificação, nada se sabia da vítima, até a chegada de Darlon da Funerária Prado que realizou o levantamento cadavérico e virou o corpo. Foi quando populares reconheceram a vítima, como sendo Mário, o mesmo da ocorrência de agressão ocorrida no Bar da Loura, minutos antes.
Tanto o casal encontrado na cena do crime, quanto Ziane foram conduzidos para a Delegacia de Polícia Civil de Prado para prestarem esclarecimentos. Ouvidos, individualmente, o casal afirmou que estava namorando. Já Ziane afirmou que já vinha sendo ameaçada por Mário. Segundo ela, ele dizia que se ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém. Acrescentou que ele chegou recentemente de Vitória dizendo ter cometido um homicídio, de onde estava foragido. Segundo ela, Mário estava viciado em crack e a ameaçava constantemente de morte, à tal ponto de tê-la feito procurar a polícia no dia 09/01/2010 para comunicar o que vinha sofrendo. Também comentou a comunicação de crime, registrada no dia 19/01/2010, dando conta de que um primo seu permitiu a Mário pernoitar em sua residência e na manhã do dia seguinte, ele furtou um telefone celular.
O corpo de Mário seguiu para o Instituto Médico Legal de Itamaraju e deverá ser liberado na manhã deste domingo para que a família possa realizar o velório e o sepultamento.
A delegada de Polícia Civil de Prado, Dra. Rosângela dos Santos já determinou a abertura de inquérito para investigar as causas e a autoria do crime. O trabalho de investigação iniciado pelo Agente de Polícia Civil, Jorge Lopes dos Reis, apura diversas hipóteses e não descarta nenhuma delas. Ele afirmou que ainda é cedo para apontar em qualquer direção.
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